Durante quatro dias, o balneario mais badalado de Pernambuco foi palco de discussoes e debates sobre a literatura produzida na Africa e na America Latina. A programacao literaria da Festa Literaria Internacional de Porto de Galinhas (Fliporto) reuniu 180 escritores e academicos de 17 paises. Ariano Suassuna arrancou emocionados aplausos da plateia com sua aula-espetaculo “Nau”.
A Casa Latino-America foi o ponto de encontro de todas as artes: escritores, pintores e cineastas bateram ponto durante as noites estreladas de Porto ao som de Marina de La Riva, Lirinha do Cordel do Fogo Encantado, entre outros. Passaram por la: Luiza Brunet, Gloria Maria, Helio de La Pena, MV Bill, Silverio Pessoa, Gabriel O Pensador, o principe Dom Joao de Orleans e a apoteotica Elke Maravilha.
Para debater a questao das midias e da literatura foi selecionado um time de peso: a escritora e roteirista Maria Adelaide Amaral, o ator e escritor Antonio Calloni e o coordenador de jornalismo da Rede Globo, Luis Erlander. Outro painel disputado reuniu os editores da Bravo!, Joao Gabriel de Lima e do Estadao, Jose Neumanne Pinto, entre outros.
Entre os escritores mais festejados, William Gordon, marido de Isabel Allende e Quincy Troupe, biografista do lendario Miles Davis. Da turma das letras do continente africano, Paulina Chiziane, Jose Eduardo Agualusa, Pepetela, Marcelino dos Santos e Ondjaki foram os destaques. Entre os escritores brasileiros, Xico Sa matando a saudade dos conterraneos, agitou bastante no balneario do litoral Sul pernambucano. Com o objetivo de romper as fronteiras entre a musica e a literatura, o musico e professor Jose Miguel Wisnik apresentou uma aula-espetaculo que encerrou o evento.