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Power to the Peaceful

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O Parque Burle Max, em Sao Paulo, recebe hoje o festival pacifista “Power to the Peaceful”. A ideia e de Michael Franti, musico e ativista social norte-americano que realiza o festival desde 1999. A musica vira mota para chamar a atencao para a violencia e desigualdade social.


A edicao brasileira acontece pelas maos de Marcelo Loureiro, que abracou a ideia e a trouxe para o Brasil. A primeira edicao do festival tera apresentacao de Luciano Huck e do rapper  Ice Blue (Racionais MC”s). O parque vai sediar um dia inteiro de atividades gratuitas ao ar livre, alem de shows de gente como Marina de La Riva, Seu Jorge e Franti. Toda a renda obtida com a venda de ingressos da area dos shows sera destinada a projetos sociais do Capao Redondo, por meio do Instituto Rukha, que atende criancas carentes da periferia. Um dia apos o festival, o show sera apresentado gratuitamente no Capao Redondo. 


RG Vogue bateu um papo com Marcelo Loureiro, acompanhe:



RG Vogue – Vomo vc conheceu o Michael?


Marcelo Loureiro – Conheci o som dele em 2000. Um amigo surfista me mostrou um disco do Spearhead, a banda dele, e ai eu comecei a fucar e vi que o cara tinha varios outros discos, com uma qualidade e uma diversidade que me impressionaram. Ele toca R&B, Rap, Jazz, Rock, Folk, tudo misturado e com muita melodia, e todas as letras sao engajadas.



RG – O que mais te interessou no trabalho dele e no festival?


ML – A ideologia e a vontade de, independente do mercado ou da opiniao dos outros, seguir o caminho que ele acredita ser o certo. Com simplicidade, sem radicalismo, com muito amor. E contagiante.


RG – Voce e co-organizador do festival ou a Sagatiba e uma marca patrocinadora (Marcelo e dono da marca)?


ML – Eu sou o organizador, vendi uma das cotas para a Sagatiba. Eu assinei com o Michael um contrato de parceria para realizar o festival no Brasil, anualmente nos proximos anos, e em outras cidades tambem.


RG – Voce participou da curadoria das atracoes?


ML – Sim, na verdade todas as atracoes eu escolhi. Alias, varios se ofereceram pra tocar, contagiados pela mensagem, como Marina de la Riva, Duofel, Carlinhos Zodi…


RG – Qual a importancia de uma acao dessa no pais?


ML – Eu acho que no nosso pais a gente tem mania de terceirizar o problema. A gente nunca acha que nos, como individuos, somos capazes de fazer algo alem de reclamar e dizer que isso e responsabilidade do governo, das empresas, da elite… enfim, eu gostaria que as pessoas pudessem entender que a vida delas so vai melhorar quando a nossa cidade for boa pra todos que vivem nela, nao para apenas uma parte dela. O problema, a meu ver, nao esta na injustica social, na desigualdade, esta sim em se aceitar isso passivamente. Por isso fizemos um festival onde a mensagem principal e uma mudanca de consciencia para gerar uma mudanca de atitude, um festival onde os integrantes de projetos sociais serios tem chance de mostrar seu trabalho a um publico que talvez nunca pensasse nisso. O que eu mais escuto e “puxa, eu gostaria de ajudar, mas nao sei como….”. No festival eu vou mostrar para as pessoas como elas podem ajudar, se engajar… se voluntariar. O primeiro passo e conhecer os projetos, aproximar as pessoas… Diminuir distancias, quebrar preconceitos.


RG – O festival tem desdobramentos? Acoes pos?


ML – As acoes do festival sim continuam, sob a forma dos beneficios que o recursos arrecadados pela bilheteria realizam no dia-a-dia dos projetos, no trabalho dos voluntarios que se engajarem em projetos sociais e na conscientizacao das pessoas quanto a necessidade de ajudarem os outros. Esse e o legado do festival. So que alem disso, o Instituto Rukha, que e o coordenador de todas as acoes sociais do evento, continua ajudando as pessoas a se aproximarem dos projetos que precisam de apoio, apoiando e desenvolvendo um trabalho junto as comunidades carentes.


RG Vogue tambem quer participar. Vamos cobrir o festival e as acoes do Rukha, de agora em diante. Vai la:


Festival “Power to the Peaceful”
Parque Burle Marx (Morumbi, SP)
Quando: 1º de dezembro de 2007 (sabado)
Horario: Entre 10h e 22h
Ingressos para o show de Michel Franti: R$ 80,00 (a venda no site ticketmaster)


Nota de rodape: para conhecer o trabalho de Michael Franti, RG Vogue recomenda o album “Yell Fire”, da ST2 Records, recem-chegado ao Brasil.

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