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Give her a chance

Paulo Ricardo comenta a vinda de Yoko Ono ao Brasil

“Well, I just had to la-augh…”, cantou John Lennon na genial “A Day in the Life”, e eu tambem tive que rir com a cronica de ontem do adoravel rabugento Arnaldo Jabor, no Estadao. Yoko Ono sempre foi sinonimo de polemica, e infelizmente nao pude ver sua performance, mas estive com ela longamente em 2001, quando a entrevistei para o “Fantasitico”. Ela me surpreendeu com sua vivacidade, sua energia, seu carinho e seu interesse e conhecimento sobre musica brasileira. Nesta ocasiao ela me pediu um remix “bossa nova” de “Rising”, cancao de seu ultimo CD, que fiz com Ricardinho Palmeira. A presenteei com o songbook de Tom Jobim e ficamos amigos.


Para um beatlemaniaco como eu, fica facil entender a forca que ela exercia sobre John: o velho e bom Edipo. John foi criado por sua tia Mimi, irma de sua mae, Julia, uma louquinha com quem John so teve realmente contato a partir dos 13 anos, por pouco tempo. Logo ele a viu ser atropelada por um policial bebado e morrer. A foto de Annie Leibowitz para a capa da Rolling Stone, com John nu, agarrado a Yoko, em posicao fetal, diz tudo. E e ingenuidade supor que algo, ou alguem, alem dos mesmos, seria capaz de acabar com os Beatles.


Portanto, acreditem em mim e em John e give Yoko a chance.


Love, PR

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