Quem sofre com queda capilar sabe o quanto é uma situação incômoda e, muitas vezes, desanimadora, já que os fios possuem forte influência na autoestima de muitas pessoas. Já sabemos que muitos são os fatores que desencadeiam esse problema, mas quais? Para falar com detalhes sobre o assunto, conversamos com a tricologista Viviane Coutinho e ela alertou que as razões podem ser externas ou internas, mas que todas merecem atenção para que a saúde capilar esteja em dia.
“O ideal é buscar um equilíbrio, afinal, nosso corpo funciona muito melhor assim e isso influencia diretamente nos fios. Para mantê-los fortes e saudáveis, é preciso ser disciplinado e cuidar deles da maneira correta”, diz ela, que é CEO do Instituto VIC e docente da ABT (Associação Brasileira de Tricologia).
A seguir, veja as principais causas da queda de cabelo, segundo a triocologista:
- Exagerar no consumo de álcool
A especialista explica que o consumo de bebida alcoólica em excesso influencia na hidratação do nosso corpo e, por isso, além de buscar reduzir, outra ação também é importante: “Sempre beber água de forma regular. Se hidratar é fundamental para a saúde do nosso corpo e do nosso cabelo”, alerta.
- Tabagismo
Muitas não sabem, mas o tabagismo também traz malefícios para o cabelo. Viviane cita ao menos dois: danos ao DNA do folículo capilar e danos à microvasculatura, além de todo o mal que faz ao resto do corpo.
- Consumo excessivo de cafeína
Sim, tomar café em excesso também é prejudicial porque a cafeína aumenta os efeitos fisiológicos do estresse, o que faz com que nosso corpo libera cortisol e, consequentemente, cause a queda capilar.
- Lavar o cabelo com água quente
Não tem jeito, chega o frio e é quase inevitável tomar aquele banho quente e molhar o cabelo. A especialista aponta que apesar de muitas pessoas terem esse hábito, não é o ideal. “A melhor das soluções é tomar banho e, depois, com a água de morna para fria, lavar o cabelo. A água quente tira a oleosidade natural dos fios e isso faz com que eles fiquem fracos e ressecados, causando a queda.”
- Não lavar o cabelo no frio
Diminuir a quantidade de vezes que se lava o cabelo no frio ou até mesmo parar com as lavagens não é indicado. A tricologista explica que é necessário manter a região do couro cabeludo higienizada. “Não podemos acumular resíduos na região. Óbvio que o número de lavagens varia de pessoa para pessoa, mas jamais fique dias sem lavar o cabelo.”
- Dormir com o cabelo molhado
Viviane reforça a importância de não dormir com o cabelo molhado: “Mesmo que o cabelo demore mais a secar em dias frios, é fundamental esperar que ele seque. Isso vai evitar doenças inflamatórias, como a dermatite seborreica”, explica.
- Abusar do uso de secador
Ok, já sabemos que o cabelo demora a secar no frio, mas o ideal é que ele seque de forma natural e, quando necessário, equilibrar o uso do secador. “Se for preciso, prefira usar na temperatura morna, mantendo distância de, pelo menos, 30 cm do couro cabeludo e sem abrir mão do protetor térmico. Na verdade, isso serve para todas as ferramentas quentes, como babyliss ou chapinha. Jamais deixe de usar o protetor térmico e use com moderação, a regra é essa”, diz.
- Proliferação fúngica
Viviane revela que a proliferação fúngica leva à descamação, que pode influenciar na queda.
- Estresse
“A saúde mental influencia em todo o nosso corpo e não seria diferente com o cabelo. O estresse diário que muitas pessoas sofrem, além das preocupações, podem aumentar o nível de cortisol e esse é um hormônio prejudicial aos fios”, alerta a especialista
- Problemas endocrinológicos
Seus exames estão em dia? Saiba que distúrbios das glândulas adrenais, ovários ou testículos contribuem com a queda capilar.
- Problemas intestinais
Além dos citados anteriormente, alguns problemas intestinais são capazes de causar a má absorção dos nutrientes, fazendo com que isso gere uma influência negativa aos fios.
- Sequelas pós-Covid
Viviane relata que muitas pessoas sofrem com sequelas da Covid, uma doença relativamente nova e que ainda apresenta consequências, muitas vezes, igualmente novas. “A queda de cabelo após a doença é uma queixa comum entre quem passou por esse momento. Nesse caso, o ideal é procurar um profissional especializado porque cada caso é único e o tratamento também precisa ser”, finaliza.