Felipe Oládélè assume várias frentes no audiovisual em 2023. O ator em breve entra na novela “Terra e Paixão”, trama das 21h da TV Globo, onde dará vida a versão jovem de Gentil, vivido por Flávio Bauraqui, e que aparecerá em flashbacks que prometem trazer muitos segredos à tona.
“Faço o personagem Gentil na sua versão mais jovem. Ele é um homem simples, trabalhador da terra, que esconde um segredo, ligado a Antônio (Tony Ramos). Entrarei em flashbacks de alguns momentos importantes da novela, não posso revelar muito; explica.
O ator já começou a se preparar para as cenas que devem ser gravadas em junho e julho. “Já comecei a ler as cenas que farei na trama, realmente as cenas serão importantes para o desenrolar da trama da novela, infelizmente não posso falar mais (risos)”, diz.
Além da novela, o ator está em cartaz no Rio de Janeiro com o espetáculo “Chega de Saudade”. Nele, ele interpreta Ronaldo Bôscoli, que foi um produtor musical, compositor e jornalista. A produção tem como proposta mostrar uma outra perspectiva da bossa nova e o momento político no qual esse movimento musical surgiu.
Na peça, Oládélè toca saxofone e fala sobre como começou a história com o instrumento. “Aprendi a tocar sax na pandemia. Já tinha o instrumento, mas durante a pandemia me via na oportunidade de me dedicar mais. Hoje me considero um ator que toca sax. Mas profissional ainda é cedo. A curva de aprendizado de um instrumento é longa.”
Oládélè, que é natural de Belo Horizonte (MG), e hoje mora no Rio de Janeiro, não esconde a felicidade em fazer mais uma temporada de “Chega de Saudade”.
“Estar no teatro é sempre uma alegria. Amo fazer teatro e poder fazer várias temporadas é muito bom para o entendimento do próprio espetáculo que se reconfigura de acordo com o momento político do País. O espetáculo amadurece no ato de estar mais e mais em contato com o público. E é sempre especial apresentar no Rio de Janeiro que é onde surgi a bossa Nova”, revela.
Em breve ele poderá ser visto na série “A História Delas”, do Star+, onde ele faz Mateus, ex-companheiro da protagonista Ana Jasmin (Emma Araujo). Os dois são jovens e tiverem um filho, Ariel. Ele é doce e tem um bom coração, era o melhor amigo dela e fazia parte da turma de Vila Manhatan. “Agora é mais reservado, se tornou evangélico e é muito dedicado à igreja. Ele e Ana Jasmin mantêm uma boa relação, embora exista conflitos já que atualmente eles têm estilo de vida e valores completamente diferentes.”
O ator de 35 anos revela como foram as gravações e a interação com a equipe e elenco. “Gostei muito de trabalhar com toda equipe da série. Era muito afinada e atenciosa. Acredito que o trabalho será muito especial e irá levantar temas sociais interessantes para os dias de hoje”, conta.
Além dos projetos que estão prestes a estrear, Oládélè pretende trazer outros ainda em 2023. Ele está estudando textos de Shakespeare e pretende produzir e atuar em trabalhos audiovisuais inspirados em solilóquios de personagens dele. Segundo o ator, “tem sido um momento de mergulhar na sua dramaturgia e isso tem me inspirado muito.”
A carreira de Oládélè já teve destaques em diferentes frentes das artes. “Destaco o espetáculo ‘Chão de Pequenos’ que nasceu em 2013 em Belo Horizonte e que circulou pelo Brasil, Europa e América Latina. Eu, junto de Ramon Brant, assinei a concepção e a dramaturgia com Ana Maria Gonçalves. A produção fala sobre adoção de uma maneira poética através da dança e das palavras. Fiz também a peça “Preto”, da Companhia Brasileira de Teatro, onde tive o prazer imenso de atuar ao lado da Renata Sorrah e Grace Passô. Fizemos turnê nacional e internacional. Foi o maior projeto no teatro que participei. No streaming estive na série Rota 66, do GloboPlay, a contundência e importância que o livro retrata a engrenagem genocida de pessoas pretas da Policia Militar de São Paulo, que se estende para todo território nacional, é algo de grande importância. Destaco também o especial da Globo de fim de ano “Comadres”, onde fiz o personagem Padre João. Foi gravado em Belo Horizonte e exibido para o estado de Minas Gerais”, finaliza.