Nunca se falou tanto delas: as tecnologias dermatológicas estão cada vez mais atraentes. “Mais colágeno em menos sessões” é o que resume as propagandas estéticas, mas é verdade que os tratamentos não invasivos realmente dão resultados?
“A evolução no campo das tecnologias permite tratamentos cada vez menos invasivos e com resultados expressivos para melhorar a qualidade da pele. Existem tecnologias eficazes e minimamente invasivas que tratam até mesmo a flacidez de pele”, diz o dermatologista Dr. Renato Soriani, membro da Sociedade Brasieleira de Dermantologia (SBD) e expert em tecnologias dermatológicas. Abaixo, o médico explica quatro das principais técnicas faciais.
Radiofrequência microagulhada: a tecnologia é indicada principalmente para a flacidez leve de pele, rugas e linhas, além de melhorar a textura da pele. “A tecnologia Morpheus é um equipamento cuja ponteira conta com microagulhas que vão penetrar profundamente na pele e liberar radiofrequência nas camadas mais profundas. Cada agulha emite radiofrequência para aquecer as camadas do tecido cutâneo, estimulando a produção de colágeno e elastina e firmando a pele”, diz o médico. “As microlesões provocadas pelas agulhas também estimulam a regeneração e renovação celular devido ao processo de cicatrização, melhorando a textura da pele”, destaca Soriani.
O procedimento é rápido, mas os resultados não são imediatos, surgindo gradualmente e melhorando conforme mais sessões são realizadas. “Geralmente, recomendamos de 2 a 3 sessões, mas esse número pode variar caso a caso”, diz o médico.
Ultrassom microfocado: outra tecnologia interessante é o ultrassom microfocado, hoje considerado um tratamento curinga para prevenção do envelhecimento, tratamento de flacidez, redução da papada, bolsas e melhora do contorno facial. “A tecnologia entrega pontos de coagulação térmica em uma série de linhas em duas profundidades: derme profunda e na camada muscular – SMAS (sistema músculo aponeurótico).
Aparelhos mais recentes como o Liftera também têm aplicadores em caneta, que facilitam o tratamento de áreas mais delicadas (ao redor dos olhos e lábios, por exemplo)”, diz o médico. Segundo o especialista, a energia de ultrassom é focada em um ponto abaixo da superfície da pele, concentrando-se em uma área de aproximadamente de 1,5 mm cúbico por ponto. “O aquecimento ocorre na derme e no sistema superficial do músculo aponeurótico (SMAS) através de pontos de coagulação. O músculo sofre uma contração imediata ao ser atingido pelos pontos de coagulação. Isso produz um efeito lifting, que pode apresentar evolução no período de três meses após o procedimento, quando o novo colágeno continua a ser produzido”, destaca.
Laser de picossegundos: essa é uma das mais recentes tecnologias para tratar manchas, melasma, remover tatuagens e melhorar a textura da pele, segundo Soriani. É possível tratar uma infinidade de imperfeições na pele com os lasers Pico Ultra 300 ou Picolo.
“Picossegundo é igual a um segundo dividido por trilhões, ou seja, trilionésimos de segundos. O laser de tratamento de manchas, ao ser aplicado, é capaz de ‘despedaçar’ o pigmento, ou seja, ele é espatifado em pedaços muito menores, o que facilita ao organismo eliminar esses pigmentos com menos efeito colateral”, afirma o médico.
Radiofrequência multifracionada: a novidade chegou ao Brasil com a tecnologia Futera, que emite ondas eletromagnéticas convertidas em calor na pele, o que promove rejuvenescimento facial. “Nós chamamos esse tratamento de microagulhamento sem agulhas. É uma técnica que utiliza a radiofrequência para melhorar a pigmentação, poros e textura da pele. É pouco agressivo, indolor e permite uma recuperação muito rápida”, explica Soriani.
O dermatologista argumenta que, em alguns casos, é necessário a associação de técnicas para produzir os efeitos desejados. “De qualquer forma, procure sempre um médico para a indicação correta do procedimento a ser realizado”, finaliza.