Provavelmente você cresceu com a máxima de que pele bronzeada é sinal de saúde. E, verdade seja dita, ainda temos muito o que aprender sobre ficar com marquinha de biquíni, que não é o melhor negócio, principalmente quando isso pode ser uma porta de entrada para o câncer de pele.
Dezembro chega com a conscientização da doença como um alerta da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). E, como tudo em excesso faz mal, vale ficar atento aos riscos da exposição constante ao sol, como pontua a dermatologista Fernanda Porphirio, da Clínica Vanité, em São Paulo.
“Evite se expor em horários de maior incidência dos raios ultravioleta. Para praia e piscina é mais adequado ficar ao sol antes das 10h ou após as 16h. Além disso, tenha em mente que você deve aplicar o protetor solar 30 minutos antes da exposição e reaplicá-lo durante o dia. Se tiver contato com água, sempre passe o produto em seguida. O filtro precisa de um tempo para aderir à pele”, sugere a médica.
No entanto, vale lembrar que há aqueles que aplicam o filtro e, mesmo assim, ficam com a pele vermelha. “Se você passar quando já estiver no sol, a sua chance de queimadura aumenta”, sinaliza a dermatologista.
Uma dica para os dias de sol e para o verão que está por vir é que você não tenha em mente que vai pegar todo o bronzeado de uma vez só. “Aumente gradativamente o tempo de exposição, assim você conseguirá se bronzear de forma mais saudável e diminuir a chance de descamar a pele”, sugere a médica.
A dúvida que fica é: qual é a quantidade correta de protetor? Uma das regras recomendadas é a da “colher de chá”. Preconiza uma medida no rosto e uma em cada um dos membros superiores. Duas para o tronco e para cada um dos membros inferiores.
“Além disso, aposte em acessórios para aumentar essa proteção, como chapéu, boné, roupas UV, óculos e barraca de praia”, indica Fernanda.
Lembre-se que o pós-sol também deve incrementar o nécessaire de verão.
“Os hidratantes agem reparando o dano solar, retendo água e nutrientes à pele. Por isso, aplique-o após a exposição”, recomenda a dermatologista.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) sinalizam a exposição solar excessiva como principal fator de câncer de pele. No Brasil, o não melanoma é o tumor mais frequente em ambos os sexos. Mesmo que você fique ao sol por um curto período, é necessário se prevenir com um produto que apresente FPS de, no mínimo, 30. Opte por um bloqueador solar com cobertura contra raios ultravioletas (UVA e UVB).