Foto: Arquivo Harper’s Bazaar
Você decidiu investir em seu primeiro tratamento estético – ou em mais um. E de repente surge uma dúvida: como potencializar os efeitos? Existe algo que possa ser feito antes do procedimento para melhorar a qualidade da pele e, por consequência, amplificar os resultados? “Toda cirurgia ou procedimento que desencadeia um processo inflamatório necessário para a cicatrização e reparo dos tecidos como consequência gera um aumento de radicais livres e diminuição de defesas antirradicais livres do nosso corpo. O pré-operatório consiste em preparar o paciente para esta inflamação diminuindo a produção de radicais livres e aumentando as defesas”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “Mas além disso, também podemos utilizar tecnologias como forma de preparo da pele, aumentando a performance e o resultado do laser, ultrassom ou outra tecnologia que vem a seguir”, completa o Dr. Abdo Salomão Jr., dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
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Segundo Beatriz, alguns pilares da Medicina do Estilo de Vida podem ser aplicados, pois contribuem para um equilíbrio necessário. Abaixo, especialistas dizem o que pode ser feito antes do tratamento estético.
Dieta – Intervenções na dieta são bem-vindas. “Para esse fim, a dieta consiste em retirar alimentos considerados pró-inflamatórios como açúcares, farinha branca, produtos industrializados e aumentar a ingestão de alimentos anti-inflamatórios como frutas, verduras, fibras e cúrcuma. Além disso, o colágeno é uma proteína e alimentação pobre em proteínas dificulta a produção de colágeno. Por isso, orientamos um consumo adequado de proteínas. Uma conta simples é que precisamos de 1g a 1,5 g de proteínas por kg de peso por dia para manter a necessidade diária sem prejuízo de nenhuma função. Se existe um preparo físico para hipertrofia muscular essa recomendação pode chegar a 2,5g por kg de peso por dia”, conta Beatriz.
Atividade física – Segundo a médica, esse é o maior antioxidante que podemos oferecer ao nosso corpo. “Qualquer atividade física estimula a linha de produção de mitocôndrias, o que aumenta o metabolismo e diminui o desequilíbrio de estresse oxidativo. O exercício físico de moderada intensidade aumenta um pouco a quantidade de radicais livres, mas provoca uma produção ainda maior de antirradicais livres. Ou seja, estimula nosso sistema antioxidante. Essa teoria vai ao encontro da máxima de Friedrich Nietzsche: “O que não te mata te fortalece”. Como se a agressão sofrida pelos radicais livres provocasse uma reação protetora ainda maior”, explica a médica.
Sono – Dormir é antioxidante. “Pode parecer exagero, mas é verdade. Pacientes com insônia, apresentam maior estresse oxidativo. Nossa avó já falava sobre o sono da beleza, dormir emagrece, a gente cresce enquanto dorme. Sim, tudo isso é verdade, um sono reparador, de boa qualidade é antioxidante. Se preciso, procure ajuda profissional”, explica a cirurgiã plástica.
Controle de estresse: O aumento de níveis de cortisol de maneira crônica está envolvido com aumento de marcadores de estresse oxidativo. “A vida diária, o trabalho, cuidados com a família muitas vezes não podem ser alterados. O controle pode ser feito com medidas para interromper estes ciclos como meditação, exercícios físicos, atividades prazerosas, de preferência saindo da rotina”, explica a médica.
Cuidado com substâncias tóxicas – O uso de substâncias como cigarro e álcool devem ser interrompidos. “Essas substâncias estão diretamente relacionadas com inflamação, com aumento da produção de radicais livres e diminuição de defesas antirradicais livres”, diz Beatriz.
Além das intervenções do estilo de vida, alguns procedimentos que melhoram a qualidade da pele e diminuem o risco do crescimento bacteriano também podem ajudar.
Hidrodermoabrasão – Realizar um procedimento com a pele limpa é, sempre, muito melhor. “No momento da limpeza, estamos removendo as partículas da poluição, desobstruindo os poros, preparando essa pele para receber os princípios ativos de hidratação para uma melhor absorção. Uma pele higienizada responde melhor aos tratamentos estéticos e médicos”, explica a hydrafacialista Fernanda Ruiz. Ela sugere a hidrodermoabrasão, técnica do HydraFacial, indicada antes de procedimentos estéticos. “Ele pode inclusive potencializar os resultados. Esse é um grande benefício da experiência HydraFacial. Quando combinado com laser fracionado ablativo, ele deixa a pele 50% mais lisa. Ele reduz 30% mais manchas quando associado à Luz Intensa Pulsada (comparado ao tratamento da luz sozinho). Além disso, ele pode ser associado à radiofrequência, ultrassom, LEDs e até preparar ou melhorar a pele após uma cirurgia plástica”, diz Fernanda. Segundo a dermatologista Dra. Mônica Aribi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, o equipamento conta com a exclusiva e patenteada tecnologia Vortex-Fusion, que gera um efeito de vórtice para expelir e remover facilmente as impurezas da pele enquanto confere hidratação. “Esse é o principal ponto para diferenciar a experiência de uma microdermoabrasão ou limpeza de pele – que cutuca, lesiona e faz a pele arder. Hydrafacial, pelo contrário, não machuca, não resseca, não tem tempo de inatividade. É um procedimento completamente indolor, que garante uma pele mais saudável, hidratada, com mais viço e um toque macio e suave”, diz a médica.
Ozonioterapia – Segundo o dermatologista Salomão Jr., Derma Shower é um plasma frio que capta oxigênio do ar ambiente e o converte em ozônio. “O ozônio possui propriedades bactericidas e bacteriostáticas (impede o crescimento das bactérias), além de estimular o metabolismo de oxigênio e melhorar a circulação. Esse procedimento ajuda na produção de enzimas que atuam como sequestrantes de radicais livres e protetores da parede celular. O tratamento não possui contraindicações e é uma poderosa arma para dermatologistas e cirurgiões plásticos, principalmente no pré e pós-procedimento”, finaliza o médico.