Primeiro, vamos aos fatos incontestáveis: 1) é importante cuidar da pele sempre, desde a infância; 2) o cuidado básico inclui limpeza, hidratação e fotoproteção; 3) os cuidados, principalmente com relação aos objetivos dos ativos cosméticos, mudam com o passar dos anos. “Com o envelhecimento, diversas alterações ocorrem em nosso organismo como um todo, e também na nossa pele. Entre 25 e 30 anos se inicia a perda de colágeno da pele, há diminuição da produção de ácido hialurônico, perda da elasticidade e firmeza, ocorre o aparecimento das primeiras linhas de expressão, ou seja, se inicia o envelhecimento cutâneo.
Desse modo, as características da pele mudam e, consequentemente, os cuidados que devemos ter com ela também. Na adolescência a pele tende a ser mais oleosa, enquanto que aos 50 anos de idade a pele se torna cada vez mais ressecada. Portanto, a mesma rotina de cuidados com a pele não irá funcionar para as diferentes fases da vida”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“Além disso, devemos ter em mente que o tratamento e cuidados pró-idade devem ser realizados sempre de forma prévia. Ou seja, ainda com a pele jovem, e de preferência sempre com o uso de ativos protetores solares e produtos antioxidantes na nossa rotina diária. O início do uso irá depender principalmente da genética e da exposição solar que a sua pele sofreu ao longo da vida, mas esses cuidados devem ser iniciados ainda na juventude por volta dos 25/30 anos de idade, faixa etária em que há uma diminuição da produção de colágeno e das proteínas precursoras do colágeno”, acrescenta a farmacêutica Maria Eugênia Ayres, gestora técnica da Biotec Dermocosméticos.
Abaixo, separamos um guia com os cuidados para cada faixa etária:
Rotina Ideal aos 20. Segundo a dermatologista, nessa faixa etária, é comum apresentar pele mista ou oleosa com tendência à acne. “Isso se dá devido alterações hormonais diretamente relacionadas à hipersecreção das glândulas sebáceas. Por isso, a limpeza deve ser feita com sabonetes antioleosidade seguida por tônicos ou adstringentes também antioleosidade. Já a hidratação deve ser realizada com produtos oil free ou matificantes.
O uso de vitamina C em sérum ou gel creme pode ser iniciada para prevenção do envelhecimento (combate aos radicais livres)”, diz a médica. Segundo ela, o filtro solar, pela manhã, é indispensável, deve ter toque seco para ser confortável para essa pele mais oleosa. “A partir dos 25 anos, além dos protetores solares comuns, podemos associá-los com ativos antirradicais livres. Estes vão auxiliar na manutenção de uma pele saudável, aliados ao efeito da proteção solar. Indico o uso de Ascorbosilane C®, uma vitamina C extremamente estável que é associada ao silício orgânico o que possibilita que o ativo permeie as camadas mais profundas da pele e tenha uma ação mais efetiva e com menor chance de oxidação deste ativo na superfície cutânea. Sua ação na pele tem efeito rejuvenescedor e antioxidante”, afirma Maria Eugênia.
Rotina ideal aos 30. “A partir dos 30 anos observamos os primeiros sinais do envelhecimento cutâneo devido ao início da diminuição do colágeno e elastina e diminuição da secreção sebácea com alteração do nível de hidratação da pele. Com isso, podemos observar as primeiras rugas finas ao redor dos olhos e o aparecimento de manchas”, diz a médica, que orienta a limpeza com sabonete antioleosidade ou não, dependendo do nível de hidratação da pele de cada paciente.
“O tônico ou adstringente na sequência pode ser uma água micelar. Nessa faixa etária, a hidratação pode se estender para a região do colo e pescoço, pelo menos à noite. Os hidratantes devem conter antioxidantes e estimuladores da produção de colágeno. Se a pessoa tiver manchas, o uso de despigmentantes e renovadores celulares são bem-vindos. A proteção solar diária continua indispensável, no mínimo FPS 30, com ou sem cor. Se a pessoa apresentar manchas, o ideal é que o protetor solar tenha cor de base”, diz a médica. A farmacêutica Maria Eugênia indica, a partir dos 35 anos, incluir ativos que cuidem também de marcas mais profundas de expressões, inclusive agindo no bigode chinês, como é o caso do Adipofill®.
“Esse ativo é capaz de produzir tecido gorduroso na região do bigode chinês. O elemento, manipulado em farmácias, pode ser incorporado a cremes hidratantes, géis e séruns, facilitando seu uso. Este ativo contém a ornitina em sua composição, um aminoácido, não produzido pelo organismo, que estimula a produção das gorduras de sustentação da pele, reduzindo a profundidade das rugas nasogenianas – do nariz até a boca”, diz a farmacêutica, que também indica ácido hialurônico de baixo peso molecular e o uso do ativo SWT-7®, que se baseia na medicina autorregenerativa para estimular as células-tronco e a produção de fatores de crescimento, regenerando a epiderme e diminuindo as rugas verticais. Para repor ácido hialurônico, a Be Belle desenvolveu o sérum Be Hialuronic, ideal para essa faixa etária.
“Ele é um poderoso sérum hidratante de efeito imediato que conta com altíssima concentração de Ácido hialurônico para contribuir com a saúde, jovialidade e beleza da pele, já que é capaz de manter altos níveis de água na derme, fortalecer a barreira cutânea, suavizar as linhas finas provocadas pela desidratação, proteger as fibras de colágeno responsáveis pela sustentação da pele e estimular a síntese de ácido hialurônico, conferindo assim efeito de preenchimento duradouro”, explica Ludmila Bonelli, cosmiatra, especialista em dermatocosmética e diretora científica da Be Belle. O Ácido Hialurônico presente no produto é fracionado e tem baixíssimo peso molecular. Dessa forma, as moléculas do ativo são capazes de atravessar a pele até a derme, onde a substância é liberada de forma lenta para conferir poderosa ação rejuvenescedora, intensificando a renovação dérmica com efeito retinoic-like.
Rotina ideal aos 40. Com a perda de colágeno e elastina há pelo menos dez anos (início aos 30 anos), a pele apresenta perda progressiva de elasticidade, há o início da flacidez e as rugas se tornam mais profundas, segundo a Dra. Paola. “A pele tende a ficar mais seca e sensível. Portanto, a limpeza deve ser feita com loções ou sabonetes mais suaves, a fim de manter a hidratação da pele e não ressecá-la ainda mais. A hidratação da face, colo e pescoço deve ser feita com dermocosméticos que associem antioxidantes, ativos formadores e estimuladores de colágeno, além do ácido retinóico ou algum outro ácido dependendo da pele de cada pessoa. Aqueles que apresentam rosácea, por exemplo, devem usar outros ácidos como por exemplo o ácido azelaico ou glicólico. A proteção solar diária continua sendo indispensável. Aqui, os protetores podem ser toque seco ou não, dependendo da pele de cada um. Nutracêuticos com ação antioxidante e para estímulo do colágeno podem ser introduzidos”, diz a médica. A farmacêutica orienta o uso do silício orgânico tanto no creme tópico quanto por via oral, nos nutracêuticos.
“No produto tópico, indico o uso de Sirhamnose®, que recarrega o tecido conjuntivo com silício orgânico deixando a pele mais organizada e bem estruturada. Sirhamnose é um silício orgânico baseado em Rhamnose, açúcar com potente ação anti-inflamatória e propriedades citoestimulantes. A Rhamnose previne as alterações causadas pelo envelhecimento fisiológico na derme papilar e junção dermoepidérmica, dessa forma Sirhamonse estimula a síntese de colágeno IV e VII e proteínas âncoras dessa junção. Por via oral, indico Exsynutriment, uma forma estabilizada e concentrada de silício orgânico, capaz de atuar no tecido conjuntivo, reestruturando as fibras de colágeno e elastina, resultando na reestruturação e firmeza da pele de dentro para fora. Ele tem a capacidade de promover um verdadeiro efeito lifting oral, pois aumenta a elasticidade da pele e tem ação preenchedora das rugas, sendo, assim, eficiente no combate ao envelhecimento”, afirma Maria Eugênia.
Rotina ideal 50+. Devido à progressão da diminuição da produção de colágeno, da secreção sebácea e da renovação celular da pele, nessa fase, a pele madura, se apresenta mais fina, ressecada e sensível, segundo a dermatologista. “A textura não é mais a mesma, as rugas são mais profundas e em maior quantidade. A flacidez é mais importante, com redução da elasticidade. Nessa fase a higienização deve ser realizada com loções que mantenham a hidratação da pele. Tônicos calmantes são bem aceitos. Os hidratantes devem ser em cremes (mais ‘pesados’, que realmente hidratem). Esses hidratantes devem conter princípios ativos que tratem as necessidades: ácido hialiurônico (que hidrata e tem efeito de preenchimento na derme quando com baixo peso molecular), antioxidantes, agentes tensores, estimuladores de colágeno e clareadores se necessários. Ácidos podem e devem ser associados, porém com cautela, em função do risco de ressecamento e irritação. Os filtros solares devem também ser em cremes e idealmente devem ter a função de barreira para manter a hidratação cutânea”, diz a Dra. Paola.
A médica enfatiza que os procedimentos como lasers, peelings, toxina botulínica, preenchedores com ácido hialurônico e bioestimuladores de colágeno injetáveis podem ser associados para prevenir ou amenizar o envelhecimento cutâneo. Portanto, eles podem ser feitos em qualquer faixa etária, desde que haja uma indicação médica.
Uma técnica preventiva baseada no Beauty Healh e well-aging, que pode ser feita em qualquer idade, é o HydraFacial, um procedimento de hidrodermoabrasão que proporciona uma experiência única e completamente personalizável, capaz de conferir a melhor pele da sua vida. “O HydraFacial promove melhora instantânea da qualidade da pele, auxiliando na uniformização do tom e da textura e no aumento da firmeza, viço, maciez e brilho da pele graças à patenteada tecnologia Vortex-Fusion®️ presente nas ponteiras, que possui um design espiral exclusivo capaz de gerar um efeito de vórtice que, combinado a tecnologia de sucção a vácuo do equipamento, consegue expelir e remover facilmente as impurezas da pele enquanto fornece soluções hidratantes”, explica a dermatologista Dra. Mônica Aribi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. O procedimento não dói e tem zero downtime (tempo de recuperação), sendo possível fazê-lo e voltar ao trabalho no mesmo dia. “A avaliação dermatológica da pele da pessoa pelo dermatologista é fundamental para a indicação correta do procedimento a ser realizado”, finaliza Paola.
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