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Pele oleosa e sensível: dermatologista explica quais são os cuidados necessários

Foto: Arquivo Harper’s Bazaar

Muitas pessoas ainda acreditam que a pele sensível é, necessariamente, uma pele seca, e que a pele oleosa não pode ser sensível também. Há alguns anos que a dermatologia já concluiu que a sensibilidade pode acometer qualquer tipo de pele, seja ela seca, normal, mista ou oleosa.

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Para avaliar de forma clara e precisa qual é o seu tipo de pele, é fundamental consultar-se com um dermatologista. A Dra. Andréa Bauer Bannach explica que a sensibilidade pode ser sintoma de alguma doença de pele, como rosácea ou dermatite atópica, por exemplo. O tratamento deve ser o da doença de base e, caso seja uma condição crônica, pode exigir cuidados pela vida toda. “A oleosidade costuma ser tratada com agentes secativos, como ácido salicílico e sais de zinco, porém o uso dessas substâncias pode agravar a sensibilidade”, afirma.

Algumas pessoas têm a pele naturalmente mais sensível, o que é uma característica fisiológica. “Em geral, os sintomas iniciam na infância ou adolescência, com sensação de ardência ou pinicação na pele. Outras pessoas, por terem pele oleosa, fazem tratamento com ácidos, que deixam a pele ainda mais sensível. Pode acontecer ardência, coceira, vermelhidão e até descamação”, esclarece.

As características da pele oleosa e da pele sensível são diferentes, mas podem coexistir num mesmo paciente. De acordo com a médica, a pele oleosa é caracterizada pelo excesso de brilho devido à produção acelerada de sebo, poros dilatados e tendência aumentada à formação de acne. Já a pele sensível tem sintomas como ardência, coceira e formação de manchas vermelhas, o que pode ocorrer espontaneamente ou ser desencadeado pelo sol, vento, frio ou calor em excesso.

Para tratar essa pele, a dermatologista indica os produtos identificados como “alta tolerância”, pois não agravam a sensibilidade. Deve-se ter cuidado com cosméticos que contenham ácidos ou derivados, e sempre consultar um médico para orientações específicas.

Em relação aos produtos antioleosidade, uma dúvida comum é se eles causam ressecamento excessivo em peles sensíveis. “Depende de quais ativos estão presentes. É possível associar substâncias com poder hidratante e com efeito calmante, e tornar fórmulas secativas menos irritantes. Há também ativos mais modernos, que têm o benefício antioleosidade, porém não agridem”, comenta. Outro fato importante é a frequência de uso, pois muitos produtos são tolerados até certo limite pela nossa pele, mas o excesso pode causar efeitos adversos.

A Dra. Andréa garante que criar uma rotina de cuidados diários com a pele faz toda a diferença nos resultados a médio e longo prazo. Portanto, disciplina e paciência devem caminhar juntas para um skincare bem feito e uma pele saudável.

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