Dr. Rafel Soares – Foto: Divulgação/MF Press Global
Fundamental para a saúde da pele, o sabonete, quando escolhido de maneira inadequada, está entre os principais fatores que geram problemas relacionados à pele, tais como vermelhidão, descamação e até mesmo a potencialização da acne e piora do aspecto oleoso.
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O médico dermatologista Dr. Rafael Soares explica que na hora de escolher o melhor sabonete, é preciso levar três fatores em consideração. O primeiro é que o sabonete não deve ser um sabonete em barra comum, ele precisa ser um gel de limpeza ou uma loção, resumindo, não deve conter sabão na fórmula. “Esse produto não pode remover totalmente a gordura da pele, porque ela é uma proteção. O recomendado é que ele remova apenas sujeiras e impurezas que tenham se acumulado ao longo do dia”, pontua.
O segundo ponto a ser considerado é que a pele possui um pH específico, que precisa ser respeitado pelo agente de limpeza. “Quando usamos um sabonete com um pH muito diferente, interferimos no funcionamento da pele e na eficácia dos tratamentos que estão sendo usados nele. O recomendado é um pH entre 4,5 a 5,5. Precisa haver compatibilidade entre os produtos usados na rotina de skincare”, diz Soares.
O médico alerta ainda que usar o sabonete errado, por exemplo, pode piorar quadros de acne e oleosidade, visto que ao retirar muito a gordura que se acumula na pele, o corpo entende que está faltando e começa a produzir cada vez mais. “Esse é um dos motivos mais comuns de o adulto começar a ter acne, por maus cuidados com a pele”, analisa.
Por fim, a característica individual de cada pele precisa ser respeitada. Em caso de peles mais secas, o recomendado são sabonetes mais hidratantes, por exemplo. “Para peles oleosas, os produtos costumam possuir na formulação algum tratamento para controlar essa característica, além de remover apenas a gordura em excesso, evitando que as glândulas do rosto produzam ainda mais oleosidade”, comenta.
Rotina diária
Como primeiro passo de uma rotina de cuidados, caso a pessoa não esteja maquiada – neste caso o demaquilante precisa vir antes – a frequência de higienização recomendada é de duas vezes ao dia, uma pela manhã e uma pela noite. “A lavagem com o sabonete adequado abre caminho para a utilização de tratamentos, assim como a máxima efetividade deles”, garante o dermatologista.
À noite, o médico recomenda o uso de soluções que facilitem a penetração de ativos. “É o que muita gente chama de tônico, mas geralmente essas soluções não têm a propriedade de tonificar realmente a pele. Após esse passo, deve ser aplicado um creme, um gel ou um sérum anti-idade. Normalmente os produtos noturnos são mais potentes, irritativos, e por isso devem ser usados à noite para evitar vermelhidão ou irritações ao longo do dia”, alerta.
No período da manhã, a rotina é praticamente a mesma, a diferença é que após o sabonete, recomenda-se o uso de uma vitamina C, que vai ser indicada de acordo com o tipo de cada pele. Na sequência, após a secagem, vem o protetor solar. “O hidratante depende do estado de hidratação de cada paciente, visto que, muitas vezes, a pessoa que tem uma pele bem hidratada vai poder utilizar hidratação de outros ativos, sem a necessidade de cremes específicos”, diz.