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5 problemas comuns que acometem a pele durante o verão

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Foto: Pixabay

O verão é a estação preferida de muitas pessoas, afinal, é marcada por sol, praia, piscina, calor e diversão. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados durante essa época, visto que a exposição desprotegida à radiação solar durante longos períodos pode causar sérios danos à pele, favorecendo o surgimento de diversas doenças, que, embora possam ser bastante graves, são facilmente prevenidas por meio de medidas simples. Então, para te ajudar a passar pela temporada de calor sem colocar a saúde da pele em risco, reunimos um time de especialistas que apontou as doenças de pele mais comuns nessa época do ano.

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Foliculite

A foliculite é caracterizada pelo surgimento de bolinhas vermelhas e inflamadas na pele que podem ou não ter pus, sendo assim constantemente confundida com a acne. “Podendo afetar homens e mulheres, a foliculite nada mais é que uma inflamação dos folículos pilosos causada por fatores como falta de higiene adequada, depilação, utilização de roupas que podem impedir a respiração adequada da pele e causar atrito na região e, principalmente, transpiração excessiva, sendo assim muito comum no verão”, explica o médico tricologista Dr. Lucas Fustinoni, referência internacional em Tricologia e membro da World Trichology Society.

Acne

A acne é outra doença de pele que tende a ser piorada no verão. “Isso porque o calor e a exposição direta à radiação UVA e UVB ressecam a pele, causando um efeito rebote com posterior estímulo das glândulas sebáceas, que passam a produzir mais gordura e sebo, favorecendo o surgimento e piorando quadros acneicos”, ressalta a Dra. Claudia Marçal, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

Queimaduras

A queimadura solar é o dano causado através da radiação ultravioleta (UV) que, geralmente, aparece dentro de poucas horas após exposição excessiva à luz solar. “Os sintomas mais leves da queimadura incluem eritema, sensibilidade ao toque, bolhas e descamação. No entanto, em casos mais graves, o paciente também pode sentir dor de cabeça, febre, calafrios e fadiga. Nesses casos, um médico deve ser consultado, pois podem ser sinais de insolação”, diz a Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Melasma

Caracterizado por manchas escuras no rosto, principalmente no centro da testa, sobre a sobrancelha, nariz, queixo, lábio superior e bochechas, o melasma é uma condição que atinge cerca de 35% das mulheres brasileiras. “Afetando principalmente mulheres na idade fértil de fototipos intermediários (morena clara e escura), o melasma tem como principal fator desencadeante a radiação UV, sendo assim muito comum no verão. Além disso, a luz visível do sol e dos dispositivos eletrônicos também possui um papel importante no desenvolvimento das manchas do melasma. Mas vale ressaltar que a luz de lâmpadas, computador e tablets não possui um impacto tão significante no surgimento e piora do melasma, visto que possui intensidade muito mais baixa que a luz visível do sol”, afirma o Dr. Daniel Cassiano, dermatologista da Clínica GRU Saúde e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Manchas senis

Além do melasma, a exposição solar desprotegida também pode favorecer o aparecimento de melanoses solares, conhecidas popularmente como manchas senis, que são marcas acastanhadas do tamanho de uma lentilha que surgem em locais como mãos, braços, rosto e pescoço. “Isso ocorre porque a radiação solar estimula a produção de melanina, pigmento que dá cor à pele, levando assim à formação de manchas”, destaca Paola.

Mas a boa notícia é que é possível prevenir a maioria desses problemas através de um cuidado simples: a fotoproteção. “O uso diário de protetor solar é a única maneira de garantir que a pele esteja realmente protegida dos efeitos nocivos dos raios solares, que estão cada vez mais fortes. Mas é importante que o produto possua, no mínimo, FPS 30 e amplo espectro de proteção solar, para combater a radiação UVA e UVB, além de dever ser reaplicado a cada duas horas”, diz Isabel Piatti, Consultora Executiva em Estética e Inovação Cosmética e conselheira do Comitê Técnico de Inovação da Buona Vita. É recomendado também que se evite a exposição ao sol durante os horários com maior índice de radiação ultravioleta, isto é, entre 10h e 16h.

E não adianta utilizar um filtro solar que proteja apenas contra a radiação UVA e UVB, afinal, o sol, assim como os dispositivos eletrônicos, também emite luz azul e luz visível. “A luz azul também penetra em nossa pele e aumenta a produção de radicais livres, que geram um processo chamado de oxidação. A oxidação, por sua vez, causa danos aos DNA e estimula a produção de melanina, o que favorece o surgimento e o escurecimento das manchas e a acelera o envelhecimento”, afirma o farmacêutico Maurizio Pupo, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ada Tina Italy. Por isso, é importante que o fotoprotetor também ofereça proteção contra os malefícios da luz azul, o que pode ser obtido através da escolha de produtos que contenham cor, que age como uma barreira física contra esse tipo de radiação, ou que sejam formulados com ativos antioxidantes, que vão atuar no combate aos danos causados pela luz azul.

Para complementar a ação do fotoprotetor, vale a pena também apostar no consumo de alimentos que aumentem a proteção solar e antioxidante natural da pele, como as frutas vermelhas, que possuem antioxidantes e vitamina C, substâncias capazes de proteger a pele contra os danos do sol. “As uvas pretas também são uma excelente opção, já que, além de possuírem propriedades antioxidantes que ajudam a bloquear os prejudiciais raios UV, também contam como Vitamina E, que mantém a pele hidratada, vitamina C, que auxilia na revitalização das células da pele, e Resveratrol, um polifenol que tem ação anti-inflamatória, protetora do DNA celular e antioxidante”, recomenda a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

E claro, caso você já esteja sofrendo com alguma das condições citadas acima, o mais importante é consultar um dermatologista. Apenas o médico especializado poderá realizar uma avaliação e recomendar o melhor tratamento para cada caso.

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