Diversos estudos dão conta que é por volta dos 25 anos que começamos a sofrer o primeiro impacto do envelhecimento natural – embora esse processo só se torne visível mais para frente. Alguns anos atrás, por exemplo, a empresa de genética pessoal 23andMe fez uma grande pesquisa em que descobriu o que acontece abaixo da superfície da pele na esperança de desvendar o segredo de ouro de forma a afetar e talvez até mesmo reverter os primeiros sinais de envelhecimento, bem como o que acontece fisiologicamente.
“Até então, muitos acreditavam que até os 35 anos estávamos fisiologicamente ótimos e essa pesquisa demonstrou que a cada época, devido à poluição, ao aumento do nível da radiação solar e outros efeitos, os processos celulares mudam e os efeitos cumulativos do envelhecimento aparecem mais precocemente e todos juntos, principalmente naquelas pessoas que não têm um cuidado preventivo adequado”, esclarece a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. Em resumo, a pesquisa foi importante para guiar a rotina de cuidados da pele das pessoas no geral, mostrando que o momento certo para introduzir os cosméticos antienvelhecimento é a partir dos 20 anos.
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De acordo com a dermatologista, na faixa dos 20 e 30 anos nossa pele lentamente começa a perder colágeno e, fisiologicamente, temos o primeiro processo de envelhecimento, com o declínio da produção natural de antioxidantes. “O primeiro passo para reduzir os sinais de envelhecimento prematuro é o uso diário de filtro solar. A exposição ao sol contribui muito para o processo de envelhecimento da pele. É necessário usar um protetor solar de FPS 50 ou superior e hidratar diariamente com ativos antioxidantes como Vitamina C estabilizada, OTZ 10, Exo-P, Vitamina E, extrato de chá verde, ácido ferúlico e Alistin”, diz a médica.
Mas é claro que, com o passar do tempo, o tratamento deve ser lapidado, com ativos mais específicos para cada idade. Por exemplo, aos 30 anos, o metabolismo do corpo começa a abrandar e isso afeta a bioenergia das células da pele, que alimenta a criação de colágeno e ativa processos de reparação, segundo a médica. “Com a bioenergia em queda, temos uma pele mais cansada. Nesse ponto, é necessário acelerar o metabolismo da célula de forma tópica, com uso principalmente da Niacinamida, Arct-Alg ou Vitamina B3, além da ingestão de nutracêuticos reparadores e de sustentação do colágeno, no caso do silício orgânico Exsynutriment e biomassa Bio-Arct, que é um bioenergizante mitocondrial, que estimula a síntese de ATP na mitocôndria, protege a pele durante condições extremas, estimula as defesas naturais da pele, e protege o DNA pela ação da taurina”, recomenda a médica. Outros ativos recomendados são: ácido hialurônico, Hyaxel, Progenitrix, Overnight Repair em fórmulas noturnas, além dos antioxidantes no uso pela manhã.
Nas décadas seguintes, com a senescência celular, é hora de introduzir os Fatores de Crescimento, retinol, peptídeos, pré e probióticos, micronutrientes, aminoácidos essenciais, nutriomega 3, 6, 7 e 9 e ceramidas, principalmente para atuação de reparação da barreira epidermal da pele, ajudando a combater as rugas e a hidratar profundamente o tecido. “Mas é fundamental consultar um dermatologista, que prescreverá uma rotina de cuidados com os ingredientes específicos de acordo com o que sua pele precisa”, finaliza a médica.