Por André Aloi
A monumental Latrice Royale, ex-participante da quarta temporada de “RuPaul’s Drag Race”, esteve, nesta segunda (06.07), da inauguração da maior loja da MAC Costmetics do Brasil, e sua primeira de rua. RG conversou com a drag queen após o selinho em Preta Gil, que foi mestre de cerimônias da noite, dos lipsyncs, e de ela aprender o que significa “beijinho no ombro”.
[MAC COSTMETICS INAUGURA MAIOR LOJA NO BRASIL COM PROFUSÃO DE FAMOSOS]
Suas escolhas para maquiagem são sempre as com brilho. “Sou a mulher do glitter”, gargalha a artista. “Mas há muitas cores de contorno da MAC que sou apaixonada. Sou muito mais dos olhos e boca do que outra coisa. Esse é o segredo do jogo. Você pode fingir um pouquinho aqui, como crescer o olho com um bom delineador, mas colocar um bocão vermelho”.
“Demoro duas horas pra me arrumar. Primeiro cuido do corpo, faço a maquiagem, depois cuido de me vestir”, explica. Tudo que sei é que a tendência é o contorno”, brinca, mas diz que em sua pele só não pode ter uma base colorida. “Não sou Coco Montrese”, dispara contra outra participante do reality, conhecida por suas exageradas maquiagens, que sombreia o rosto com laranja.
Ela comentou ainda que está namorando Christopher, um novinho grego que ela conheceu em uma viagem. “Ainda não somos casados, mas agora podemos”, brincou sobre a legalização sobre o casamento gay nos Estados Unidos. Também não poupou elogios à Caitlyn Jenner, conhecido anteriormente como Bruce Jenner, padrasto das irmãs Kardashian. “Sempre apoio a ideia de você ir atrás de quem você realmente é. E ela decidiu até que tarde que quer viver o resto de sua vida como mulher. Uma atitude brava, e eu a admiro”.
Da última vez que esteve no Brasil para fazer shows, disse que experimentou da nossa culinária. “Feijoada, coxinha, churrasco… Me apresentaram ao coração de frango”, anumera. “Me deram a experiência toda”, disse, explicando que tudo acabou em caipirinha de limão.
Ela tem uma companhia que faz management para outras queens e a experiência de estar no programa foi revigorante para ela. “Às vezes você quer bater em alguém, mas tem que sorrir. Aprendi muito com a RuPaul, é por isso que todo mundo a ama”, derrete-se. “Ela não é minha amiga, até porque ela é muito reservada. Mas se preocupa muito com as meninas. Aprendi o negócio com ela, que está aí fazendo dinheiro”, brincou.
Ela explica que sua personagem é muito transparente. “O que você vê, é o que realmente é”. A maior lição que tirou do programa, que foi difícil, mas entendeu que aquele era seu momento de compartilhar, ter uma perspectiva e enfrentar seu passado sem se envergonhar. “RuPaul deu a oportunidade de as pessoas conhecerem o mundo artístico das drags, reforçando nossa identidade. Mostra a gente como ser humano, que a gente ri, chora. Esse é o nosso uniforme”, finaliza. “Agora, por causa do show, as pessoas entendem que é um trabalho”.