Por Mariangela Bordon
Não pense que é de hoje que os ácidos são usados para tratar a pele: Cleópatra banhava-se com leite coalhado, rico em ácido lático! Desde então, virou praxe usar ácidos, pois eles ajudam na renovação celular, na redução dos danos do sol, no clareamento e na fabricação de novo colágeno. Acontece que nestas reviravoltas da ciência, o British Journal of Dermatology acaba de publicar um artigo que comprova que o abuso dos ácidos pode provocar efeito contrário: envelhece a pele! Assustou? Embora a publicação seja das mais respeitáveis, o Dr. Jardis Volpe, de São Paulo, diz que não é para levar tão ao pé da letra: o que pode causar efeito contrário é o excesso. “O estudo comparou o uso de ácidos em concentrações diferentes, e revelou que doses maiores irritam a pele e atrapalham na fabricação de colágeno,” comenta o dermatologista. Isso pode mudar a prescrição dos dermatologistas mais antenados com os novos estudos. “Segundo os pesquisadores, o grande vilão do excesso do ácido é a inflamação gerada, que atrapalha no processo de rejuvenescimento, mas as pessoas têm uma fantasia de que o produto funciona apenas se deixar a pele descamando”. O estudo prova justamente o contrário: para ter efeito rejuvenescedor, o ácido não deve provocar descamação. Uma dica é associar o ácido com algum tipo de hidratante antes da sua aplicação; outra é esperar de 30 a 40 minutos depois de ter lavado a pele para aplicar o produto. “Desta forma, o manto hidrolipídico se refaz e é menor o risco de irritação.” afirma o especialista.
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Sobre a colunista:
Especialista em beleza, saúde e bem estar, a empresária Mariangela Bordon, aka EOS, é colunista deste site, e traz dicas semanais super bacanas, como as que ela divide no Facebook e Twitter