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Olivia Palermo @RG

Entrevistamos a it das its durante a sua temporada no Brasil. A reportagem na íntegra, aqui

Maior referência em estilo, Olivia Palermo encarou as lentes de RG. Linda, chique e calculada, como uma it deve ser

Que cabelo é esse? E que pernas! Cinco minutos com Olivia Palermo são suficientes para desmoronar todo aquele desdém pelo mundo das it girls. Se ela não é um primor de inteligência, os movimentos delicados fascinam. Do cabelo assimétrico, que ela transformou em febre nos salões do globo, às pernas milimetricamente esculpidas, passando por lindas joias, unhas feitas e pele perfeita. Tudo parece agradável nesta garota de 26 anos que veio ao Brasil para a última edição do Fashion Rio. Obra da Coca-Cola Clothing, que importou a patricinha para terras cariocas em uma tentativa de tornar a imagem da marca menos popular. Conseguiu. Do lado de fora do backstage, além da meia dúzia de fãs, não mais do que dez fotógrafos a aguardavam. “Olivia quem?”, indagava um deles.

Blasfêmia! A pergunta ecoa como sacrilégio entre as seguidoras da personagem. Hit maior entre as it girls do planeta, Olivia Palermo é genuinamente chique, apesar dos boatos que rondam a sua não tão fina entrada na sociedade norte-americana. Filha de um milionário do ramo imobiliário, voltou aos Estados Unidos, depois de uma temporada em Paris, disposta a debutar nas altas rodas da sociedade. Sua chegada, com baús Vuitton, foi um escândalo – mesmo que ela não tenha usado o artifício do vídeo de sexo caseiro, como inventou a sua colega “de profissão” Paris Hilton. Diz a lenda que Olivia mandou um e-mail para os círculos sociais mais ilustres de Manhattan. Queria ser convidada para as festas da tal turma. A contrapartida? Presentes patrocinados pelo abastado papai. A high society torceu o nariz. E a tentativa frustrada do grande entrance virou capa de revista de fofoca. Olivia nega veemente a história. “Não quero falar sobre isso”, pontua. Também não quer discorrer sobre o namorado, ou ex, um modelo e fotógrafo bonitão que ela conheceu nos tempos de The City, finado reality show que deu lhe rendeu fama. O programa mostrava seu dia a dia como RP da marca Diane von Furstenberg e o emprego dos sonhos na revista Elle americana. E foi no ar que ela revelou seu lado “bitch”, ops!, sua índole suspeita, rivalizando com a queridinha do público Whitney Port. “Era um script reality. Era programado, apenas isso”, esquiva-se. Também escapa das comparações com Blair, personagem de caráter duvidoso, mas ótima consciência fashion, interpretada por Leighton Meester no seriado Gossip Girl. Obviamente, foge das perguntas sobre ser adepta do botox desde os 14 anos de idade. “Sou natural.” Então tá…

Ponderemos sobre estilo, então. Do assunto, que ela domina como poucas, Palermo adora falar. “Diria que sou meio lady like. Tenho consciência que meu senso estético influencia certas garotas”, começa, sem pudor, e bem mais tranquila. Pausa. “Traga a minha Julia Parker (a bolsa)”, ordena, apesar da voz doce e do sorriso no rosto. Olivia é prontamente atendida por Sarah Rosen, a melhor amiga que ela trouxe na bagagem para os dias, dois dias, em solo brasileiro. Mais uma lição que não vai mudar a sua vida: it garotas não viajam sozinhas. Há sempre uma BFF (best friend forever) para lhe trazer a bolsa, segurar o celular e fazer companhia. E mais: ela deve ser menos bonita, menos magra, menos rica e, claro, muito, mas muito, subserviente. “Eu me considero uma mulher clássica com toques pós-modernos. Tenho obsessão por acessórios. Sou louca por eles.Também não dispenso um sapato Alexandre Birman ou saltos Charlotte Olympia, a marca desejo de Charlotte Dellal.” Diz que tem quase todos os sapatos do mundo, só não superou a aversão por crocs. Compreensível… Seus ícones de estilo? “Grace Kelly, Giambattista Valli, Natalia Vodianova, Diane von Funstersberg”, responde de bate pronto.

Começa o desfile. Olivia Palermo faz duas entradas. Nada que se compare às aparições apoteóticas da transex Lea T em uma passarela bem ao lado. Mas é bonitinha, inegável. A socialite volta para o camarim. “Estou exausta”, dispara. Pega uma água da mesa até então intocada. “Sigo uma alimentação saudável.” E as tais pernas? “Foram esculpidas com aulas de pilates e yoga”, precipita-se a amiga. Nova regra: a BFF deve responder questões sobre uma it girl quando esta quer terminar uma entrevista. Olivia encara as lentes de RG. Quando dispara o flash, deixa o cansaço de lado. E fica cheia de si. Conhece o seu melhor ângulo, todos os seus ângulos. Assim como estuda com empenho cada passo. O próximo? “Uma linha de colares para a Roberta Freeymann. Acho que posso usar muito do meu estilo nisso”, adianta. It girl, designer, modelo, como ela se define, afinal? “I wear too many hats”, finaliza com talvez a primeira frase real de toda a conversa. E lá vai ela (mais pernas, bolsa e amiga) de volta para a sua suíte no hotel Fasano, em Ipanema. Talvez, na segurança do seu quarto, Olivia Palermo deixe a máscara de lado. Quem sabe ali, se torne apenas mais uma garota como tantas outras: bonitinha, mas ordinária. Só que muito bem vestida, no caso dela.

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