Top

Marcelo Serrado: papo com RG

O ator conversou com este site sobre o seu personagem em “Fina Estampa” e suas visões LGBT

Marcelo Serrado, um dos grandes de sua geração, volta aos folhetins globais depois de bem sucedida passagem pelas tramas da TV Record. Volta com o mesmo status de star, mas não exatamente no papel de galã… Em Fina Estampa, folhetim do genial Aguinaldo Silva que estreia logo mais, Serrado vai assumir a pele de um mordomo gay, assistente-e-confidente da perua interpretada por Cristiane Torloni. Pelo que dá pra ver pelas imagens dos paparazzi, o “Clô” será de uma afetação ancestral. Prato cheio para a inspirada verborragia do autor. E para a verve de Serrado, um rostinho bonito que se provou ator de primeira.

RG bateu papo com ele, vem cá:

RG – Você é a favor de uma cota de gays nos folhetins, que nos parece uma tendência?

Marcelo Serrado – Não, acho que tem que ser natural, acho que atualmente houve uma coincidência… 

RG – Nessa onda de personagens gays, você acha importante fugir dos estereótipos? Ou isso é preconceito às avessas?

MS – Total… mas são arquétipos. Às vezes você não tem como fugir. O gay é uma pessoa normal como todas, apenas sua escolha sexual e de vida a dois é diferente… Mas na interpretação há caminhos diferentes do óbvio. Um ator às vezes precisa de um grande personagem, esse é. E acredito que com boas escolhas e bom senso a gente chega lá… mas, sem mergulho, não há como chegar nele.

RG – Pelo que a gente viu na foto, sua figura é mais, digamos, exuberante… É por aí? O que você pode contar do mordomo… (como se chama mesmo)?

MS – É um figurino muito bem feito, acho eu. É um tipo, claro… ele já tá ali no figurino, como você bem disse. Digamos que faço uma mistura de várias coisas para chegar no meu Clô (o nome dele). Fiz uma preparação forte pra chegar nele, já que somos muito diferentes. Ele é um grande personagem, completamente obcecado por sua patroa, Tereza Cristina (Cris Torloni). Peguei várias referências de filmes (como o “Fiel Camareiro”) e observei. Fiz  muita pesquisa pra chegar onde eu imagino que seja bacana. Vi um filme fascinante que fala da arte de servir, chamado “Santiago”.

RG – Sua voz está mais fina? Fez alguma preparação vocal?

MS – Normal, não é a voz, faço a personagem de dentro pra fora e a voz sai através disso. Às vezes, na cena, ela vai mais grave ou mais aguda, dependendo da situação.

RG – É o seu grande desafio na TV, posto que o senhor é notório galanteador? 

MS – Acho que tive um grande desafio quando fiz um delegado na TV Record, na novela do Marcilio Moraes, uma grande papel que levou a Record a um dos seus maiores sucessos. Esse papel é tão bom quanto aquele, diferente de mim também e muito bem escrito pelo Aguinaldo. Um presente dele, uma personagem muito engraçada, humana, e que ele consegue escrever com verdade, sem perder o humor. Tudo muito bem conduzido pelo Wolf (Maia, o diretor), que me ajuda muito a achar o tom de Clô. Acho bom eles chamarem um ator hétero, não tenho medo de me jogar em cena e fazer o que for possível pra chegar nele, sem nunca perder o humor. Espero, junto com minha parceira de cena Cris Torloni, fazer o público se divertir. É um grande desafio sim… ótimo!

RG – Já tá dançando Lady Gaga no chuveiro?

MS – Hahahah… um pouco, mas também danço Madonna e Abba!! Clô ama!!!! rss

Mais de