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Teatro Oficina: tombado

O teatro do grupo de Zé Celso Martinez Correa é patrimônio federal, homologou o Iphan

Uma das mais severas batalhas entre cultura e corporação ganhou novas cores nessa segunda-feira (18.07). Foi homologado no Diário Oficial o tombamento do teatro Oficina, terra sagrada da trupe teatral de Zé Celso Martinez Correa. Há anos, o diretor trava um embate ferrenho com o Grupo Silvio Santos, que é dono do quarteirão onde o teatro foi construído, em 1961. O Grupo do empresário de comunicação tentou, sem sucesso, transformar o entorno do teatro em um grande empreendimento imobiliário e em um shopping center. Nunca sem enfrentar protestos da classe artística.

A homologação amplia a proteção ao teatro e seu entorno, num raio de 300 metros – nada poderá ser construído sem a autorização do IPHAN, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Uma das preocupações de Zé Celso era perder a vista lateral do teatro, uma grande parede de vidro que olha para um terreno vazio. É uma das marcas do projeto modernista de Lina Bo Bardi – que manteve a fachada de uma casa antiga do bairro do Bexiga.

O Oficina abriga o grupo teatral dirigido por José Celso Martinez Corrêa desde 1958. O diretor comemorou a decisão em Salvador, onde encena a turnê Dionisíacas.

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