Grisalho, eu?

Barack Obama virou alvo de comentários após receber Hu Jintao, o presidente chinês, para jantar de gala na Casa Branca. E não estamos falando de política e sim de estética. Tudo porque, em dois anos de governo, o mundo assistiu em tempo real as marcas que as pressões do cargo imprimiram nas feições do líder. Ele foi de herói, como o primeiro negro eleito para comandar uma das maiores potências do mundo, a vilão, depois de herdar crise financeira das mais sérias, desde a mítica quebra da Bolsa, em 1929.

O problemas foram surgindo e a cabeça de Barack foi tomada pelos fios grisalhos. Fenômeno registrado em cada página de jornal ao longo desse período, é só comparar. Até o momento em que chegou a autoridade chinesa em solo americano. Reunião importante a de Obama e Jintao, o mundo atento. E então os cadernos dedicados à política e economia repararam, entre um acordo e outro, que havia algo de novo no presidente.

A voz de Obama não mudou, mas os cabelos voltaram a escurecer. Tudo indica que ele enfiou, sim, a cabeça no balde, afinal, cabelos brancos são um caminho sem volta, diz a ciência. Há quem justifique a repaginada como uma forma de causar boa impressão no país com a maior população do globo. Há quem diga que não passa de vaidade. Como se vê, Obama não passa incólume.