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Maíra Freitas e Jazz das Minas faz show que celebra a música preta

Maíra Freitas – Foto: Taba Benedicto

No dia 02 de abril, às 19h, o Teatro de Câmara da Cidade das Artes recebe Maíra Freitas e Jazz das Minas. O sexteto feminino formado por Maíra Freitas (piano/voz e direção musical), Samara Libano (violão 7 cordas), Monica Avila (sax/flauta/voz), Marfa Kurakina (baixo elétrico), Flavia Belchior (bateria/voz) e Rapha Morret (percussão) apresenta o show que celebra, a partir de uma interpretação própria, a música preta brasileira e mundial.

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A ideia de montar a banda aconteceu em 2019, quando Maíra foi convidada a participar do festival Jazzing, em Angola. “Foi a oportunidade de colocar em prática a ideia que eu já vinha falando havia algum tempo, de que o mercado da música é muito masculino e isso tem muito a ver com as oportunidades que são dadas às mulheres. Certa vez eu ouvi de um empresário que por estar grávida eu ficaria uns dois anos sem trabalhar – e grávida eu fiz turnê com Gilberto Gil“, diz a multiartista.

No repertório do show estão músicas autorais e releituras de clássicos nas vozes de Nina Simone, Elza Soares, Sandra de Sá, Gilberto Gil, Leci Brandão, Dona Ivone Lara e Milton Nascimento, além de autoras contemporâneas como Mart´nália e Caio Prado.

“É muito louco pensar que a maioria dos grupos são formados por homens e que geralmente só cantam músicas de autores homens. Nós somos um grupo de mulheres que canta músicas majoritariamente de mulheres, mas também cantamos artistas homens que merecem nosso carinho. E que fique claro que não temos problemas com os homens, são eles que têm problemas com a gente, insegurança, sei lá”, questiona Maíra, cujo show oferece meia-entrada ainda a mulheres e pessoas pretas.

Inicialmente um quarteto com bateria, teclado, violão 7 cordas e baixo acústico, o Jazz das Minas veio ganhando corpo e suingue com a incrementação de percussão, sax, flauta e vozes. Em 2021 a banda participou do festival Sesc Jazz, em São Paulo, com ingressos esgotados e excelentes críticas. Em 2022, o sexteto sacudiu a plateia da FLUP (Festa Literária das Periferias) no Museu de Arte do Rio.

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