Cenas de “Umbó” – Fotos: Marcelo Machado
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD), corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, abre a Temporada de Dança 2021 do Teatro Alfa, nos dias 16 e 17 de outubro, com um programa que mescla diferentes linguagens coreográficas e destaca a força da dança contemporânea feita hoje no Brasil a partir da estreia de “Umbó”, de Leilane Teles, e das apresentações de “Respiro”, de Cassi Abranches, e de “Anthem” (2019), de Goyo Montero. Os ingressos custam entre R$ 50 (balcão) e R$ 100 (plateia) e estão à venda em sympla.com.br.
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Idealizado por Inês, diretora da São Paulo Companhia de Dança, o programa a ser apresentado no Teatro Alfa reflete sobre temas muito presentes no mundo contemporâneo, como representatividade, busca pela identidade, desafios da coletividade e o desejo de conexão uns com os outros.
“É uma enorme alegria voltar a encontrar o público que acompanha a Temporada de Dança do Teatro Alfa, ainda mais com um programa tão atual e que reflete no corpo inquietações do momento presente. É também uma satisfação poder estrear neste palco ‘Umbó’, uma obra emocionante e que fala sobre como a arte nos toca e nos modifica. Dancei com Matias Santiago no Grupo Corpo e fico contente de poder homenageá-lo por meio desta criação”, afirma Inês.
Nos dias 16 e 17 de outubro, o público vai ter a chance de assistir à estreia de “Umbó”, primeira criação original da coreógrafa baiana Leilane Teles para a São Paulo Companhia de Dança. “Umbó” busca refletir sobre como a arte do outro reverbera em cada um, evidenciando o papel da inspiração no processo de criação. O cantor e compositor Tiganá Santana, a cantora Virginia Rodrigues e o coreógrafo Matias Santiago são o ponto de partida da obra, que convida o público a apreciar e reverenciar as artes e trajetórias dessas personalidades, bem como os bailarinos em cena e os artistas envolvidos na concepção, como Teresa Abreu, que assina os figurinos, e Gabriele Souza, responsável pela iluminação.
“Venho pesquisando para ‘Umbó’ desde o ano passado e essa obra já tem um lugar muito especial no meu peito. Eu escolhi falar de algo que se conecta bastante com a minha história e, para isso, me inspirei em grandes artistas soteropolitanos que, assim como eu, cresceram no mesmo lugar, cada um em sua geração, mas com vivências semelhantes. Chegar na sala de ensaio da SPCD e ver tudo o que idealizei se materializando nos corpos dos talentosos bailarinos da Companhia é maravilhoso”, afirma Leilane.
As outras obras que completam o programa no Teatro Alfa serão apresentadas pela primeira vez desde suas estreias: “Anthem” e “Respiro”.
“Anthem” conduz o público por uma reflexão sobre o processo de construção e desconstrução de identidades coletivas a partir de uma trilha original do canadense Owen Belton inspirada na composição de hinos nacionais. Segundo o coreógrafo “há ciclos que se repetem e cometemos sempre o mesmo erro, de pensar que estamos separados, que somos diferentes, quando, na realidade, todo ser humano é um e, no momento em que perdemos essa unidade, os problemas começam. Este é um traço da história humana”.
Já “Respiro” sugere um momento de suspensão de uma realidade, por vezes, asfixiante. Embalada pela trilha sonora original criada por Beto Villares com participação de Siba, a coreógrafa conduz o público por uma montanha-russa de vibrações positivas em meio à iluminação criada por Gabriel Pederneiras e figurinos desenvolvidos por Verônica Julian. “Esta obra é como um intervalo do tsunami de notícias ruins que nos atingiu nos últimos tempos… e ela vem oferecer boas sensações e tocar as pessoas nesse sentido”, afirma a coreógrafa.
Protocolos
Os espetáculos seguem os protocolos governamentais de enfrentamento à Covid-19, como aferição de temperatura no acesso ao teatro, uso obrigatório de máscaras pelos espectadores durante todo o evento e ocupação de plateia limitada a 70% da capacidade total de forma a garantir o distanciamento entre o público. O local conta com o selo Safeguard emitido pelo Grupo Bureau Veritas, líder mundial em Teste, Inspeção e Certificação (TIC), e está em acordo com os protocolos de limpeza e higiene contra a propagação ao novo coronavírus.
De acordo com o Decreto 60.488 da Prefeitura de São Paulo, cada espectador também deve apresentar seu comprovante de vacinação original contra a Covid-19 (ao menos com a primeira dose) ou comprovante digital, disponível nas plataformas e-SaúdeSP, PoupaTempo ou ConectSUS. Menores de 12 anos não precisam portar o certificado. Quem se recusar a mostrar os documentos não poderá entrar na sala.