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Lui lança projeto musical para falar de homofobia; assista

Lui – Foto: Diney Araujo

Luiz Antônio Sena Jr. é ator, dramaturgo, diretor teatral e desde 2018 quando apresentou o espetáculo #ComproVendoTrocoAMOR e interpretava releitura de clássicos da MPB, que passou a incluir o título de “cantante” em seu portfólio. Foi a partir deste musical, quando extraiu as músicas “Namora Eu”, “Ei, Moço” e a regravação de “Não Aprendi Dizer Adeus” que jogou no mundo seu primeiro EP e passando a assinar com o pseudônimo LUI.

Agora, já mais amadurecido de seus propósitos e numa perspectiva de carreira, lança seu primeiro EP produzido por Bruno Michel e através da Candyall Music, Selo e Editora de Carlinhos Brown – que possui parcerias globais com a ADA Music e a editora Warner Music para distribuição de suas obras.

O EP #ÉSóAmor nasceu da inquietação de trazer temas que permeassem questões que atravessam a homofobia, como preconceito, ancestralidade, sorofobia, relações homoafetivas e a percepção do mundo com nossos pares. Questões essas que virão à tona através das letras e melodias de canções que serão lançadas uma por mês, até Setembro, quando o EP será distribuído de forma completa com outros registros, acentuando a personalidade e estética do artista través de melodias e rimas próprias.

A primeira faixa do projeto “Comigo Ninguém Pode” foi lançada em maio, trazendo o swingado dos sons da Bahia que fazem o corpo remexer para falar dos preconceitos que atravessam as minorias pelas ruas da cidade que diz Salva-dor. Das folhas do terreiro às árvores do quintal da avó, LUI encontrou na planta comigo ninguém pode a metáfora para uma lida diária de afirmação do meu existir gay: cheio de amor pra dar mas também pronto para atacar caso seja ferido, maldito, maltratado.

Trazendo essências dissidentes em sua letra e melodia, “Enredo” sugere a interferência e força divina sobre seus filhos, protegendo-os de julgamento da sociedade sobre os preconceitos e estigmas. Com um estilo folk e influências do rap, através de metáforas LUI, dividiu a faixa com o rapper Hiran para afirmar que não importa quanto ferido esteja, sua ancestralidade sempre estará lhe guiando, protegendo e a continuar afirmando que todos nós estamos juntos no mesmo enredo, independente de gênero, classe, raça, cor, religião.

“Positivo” é a terceira faixa, um feat com Dan Vasco, do grupo baiano Filhos de Jorge. A música que foi composta exclusivamente para o projeto por Marcelo Quintanilha, asseverado o amor homoafetivo para descortinar preconceitos e estigmas.

Tomando o amor como força motriz e matriz para mergulhar na afirmação das narrativas que dissendem da norma hetero, LUI aposta nesta gravação para trazer à baila questões que ultrapassam a fronteira das minorizações sociais como é o caso da soropositividade.

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