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Galeria Lume reabre com mostra de Amália Giacomini

Vista da exposição “Canteiro”, de Amália Giacomini – Foto: Ana Pigosso

Galeria Lume reabre seu espaço físico em consonância com a orientação do Governo do Estado de São Paulo para as instituições culturais e seguindo os protocolos de saúde e higiene da Covid-19. A galeria apresenta a exposição “Canteiro”, da artista Amália Giacomini, com um conjunto de trabalhos inéditos desenvolvidos com materiais que são considerados ordinários, banais, e que desafiam o olhar do espectador. Não é necessário agendamento para visitar a mostra que fica em cartaz até o dia 5 de junho.

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Os materiais que compõem as obras são determinantes para a relação com a arquitetura da galeria e com o corpo observador. Correntes, linhas de bordado, madeirite e carpetes colocam à prova elementos fundadores da experiência espacial, como a linha e o plano, através de uma “geometria cotidiana”. Ao todo, serão exibidas dez obras, incluindo uma grande escultura – que transita no limite entre uma pintura, uma escultura ou mesmo uma arquitetura efêmera – além de bordados, objetos e uma instalação com correntes.

“As obras entrelaçam questões em torno da nossa percepção espacial e da sua própria construção, e estão ancoradas no espaço da exposição. Dividem, alteram e fabulam o espaço, convidando o visitante a uma íntima relação com sua própria posição na galeria”, explica Amália.

Como um canteiro de obras, a artista experimenta e constrói suas obras livremente a partir de aspectos que fazem parte de seu repertório de vida e de sua formação em arquitetura, a afinidade com a matemática, filosofia e história da arte e experiências do passado.

Para a mostra, Amália retomou o bordado, que não praticava desde os seus 12 anos. Desfrutando da experimentação, algumas obras, que seriam de desenhos geométricos e exigiriam uma precisão ideal, foram confeccionadas em bordado. “Ao invés de fazer um desenho supostamente preciso com lapiseiras de diferentes espessuras de grafite, quis experimentar com o bordado, devido às limitações físicas do material e às diferentes possibilidades de imprecisão na prática”, pontua a artista.

O conjunto expositivo dialoga entre si e desconstrói o espaço da galeria a todo instante, com obras variando em movimento e criando uma nova imagem do local. “Mudar e reconstruir o espaço é, de uma certa forma, voltar à ótica do espaço menos funcional no qual podemos ver o mundo sem o cansaço presente, característico da sociedade de informação. O que isso significa? Ver com olhos sensíveis o bastante para enxergar o invisível, que nada mais é do que o demasiadamente visto e, por isso, não observado”, reflete Paulo Kassab Jr., que assina a curadoria da exposição.

A mostra pode ser visitada de segunda a sexta, das 10 às 19h, e sábado das 11 às 15h, seguindo os protocolos de saúde e higiene para evitar a disseminação e contaminação do Covid-19.

Galeria Lume

Rua Gumercindo Saraiva, 54, Jardim Europa, São Paulo.
Informações: (55) 11 4883-0351 e contato@galerialume.com.

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