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Conchita Wurst: barba polêmica

Russos fazem protesto tirando a barba por conta de travesti que ganhou o Festival Eurovision. Entenda

Neste fim de semana, o Eurovision, concurso-festival de música realizado na Europa, premiou Conchita Wurst, alter-ego do estilista e cantor austríaco Tom Neuwirth, como a grande vencedora da edição. Conchita é um tanto quanto exótica, digamos, já que, apesar de seu jeito completamente feminino, usa barba, ao contrário de muitas outras que acabam tirando os pelos faciais. E isso tem causado – acreditem ou não – protesto na Rússia.

E a implicância com Conchita já não é de hoje: a moça já passou por perrengues em seu próprio país, com até petição sendo criada para que ela fosse retirada do Eurovision. A Rússia, desde então, persegue Tom Neuwirth, dizendo que sua presença iria transformar o festival num viveiro de sodomia (!). Mas de nada isso adiantou: Wurst participou e venceu, no melhor estilo “beijinho no ombro” para o preconceito.

Mas a história, claro, não terminou: agora os rapazes russos, não satisfeitos com a vitória de Conchita, estão armando um protesto pela web. Todos retiraram suas barbas alegando que “usá-la não representa mais masculinidade”.

Agora você vê: para os russos, qualquer coisa que homossexuais usem – roupas, estilo de vida, etc – é banido por lá. Barba agora é coisa de gay. Essa busca da masculinidade, que tem se transformado em efêmera, é uma bobagem. Com barba ou sem barba, você pode ser homem. Aliás, parece que eles, assim como muitos, fugiram da aula sobre gênero e sexualidade. Ter um bigode, cavanhaque, não faz de você mais homem. Não tê-lo, também.

Sendo macho ou não, seja, antes de mais nada, gente. E isso parece que falta muito no mundo.

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