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“Verdade Uma Ilusão” @SP

Música, arte, poesia e profusão de gente bacana. Viva Marisa Monte

Frio, chuva, trânsito: três fatores que, invariavelmente, te deixam morrendo de preguiça de sair de casa. Certo? Quase sempre certo, exceto quando ha um antídoto para tudo isso, e ele atende pelo nome de Marisa Monte. Musa da música popular brasileira, a cantora não se apresentava ha seis anos em São Paulo. Pois foi numa típica noite paulistana que Marisa retornou à cidade, para êxtase da pauliceia que, de olhos fechados e braços para o alto, acompanhou a diva a cada verso da turnê “Verdade, Uma Ilusão”. E que turnê, devemos dizer. Da cenografia, feita a partir de projeções de obras de artistas brasileiros que ela fez questão de citar ao fim do show, ao seu figurino que, lá pelas tantas, ganha ares de avatar com o jogo de luzes. Passando pelas canções, um mix do novo disco com hits eternos – até Diariamente, que ela não cantava ha tempos, Marisa entoou. E evocou Cássia Eller, de quem disse sentir saudade, ao discorrer os versos de “E.C.T.”, composição de Marisa e Carilnhos de que Cássia, com direito de causa, se apropriou e que Marisa nunca havia cantado ao vivo. O HSBC veio abaixo.

“Marisa, eu te amo”, gritava, no segundo ato, uma fã já mais animada com o efeito das cervejas. “Aqui só tem amigo hoje, esses elogios são suspeitos”, respondia a cantora, sem graça, mas cheia de graça. De fato, a noite era de personagens conhecidos, como mostra a galeria. Se tirassem as mesas depois do show, estava feita a festa. Mas, depois da catarse visual e fonográfica, o melhor é voltar pra casa. Marisa, com as mãos que dançam sozinhas, deseja boa noite. RG obedece.

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