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Ai Weiwei: visita da mulher

O governo chinês finalmente liberou uma visita ao artista Ai Weiwei, preso há 44 dias

O artista plástico chinês Ai Weiwei completa hoje 44 dias de prisão. Segundo o governo daquele país, ele está encarcerado para que “crimes econômicos” sejam investigados. Mas grupos humanitários concordam que a causa é política – Weiwei é um crítico fervoroso do regime.

Até aqui, não havia nenhuma garantia de que a vida do artista estaria preservada. A boa notícia chegou nessa segunda-feira (16.05), quando a mãe do artista, Gao Ying, confirmou que a mulher de Weiwei, Lu Qing, conseguiu visitá-lo na prisão, no domingo. Ying contou que a polícia procurou Qing e a levou para um lugar desconhecido, onde ela pôde conversar brevemente com o marido. “Ela me disse que ele está saudável”, revelou a mãe do artista. Weiwei teria dito que está sendo tratado com respeito, recebendo medicamentos e comida decente. Mas marido e mulher foram proibidos de falar sobre os motivos da prisão.

A mais nova exposição de Weiwei, “Circle of Animals/Zodiac Heads”, foi inaugurada no dia 11 de maio, em Londres. A ausência do artista foi marcada por protestos. Segundo a CNN, Katie Hill, professora de arte contemporânea chinesa da Universidade de Westminster, disse na ocasião que “a maior ameaça de Ai Weiwei é sua habilidade de se comunicar com a grande audiência, global e chinesa”. E que “o seu desaparecimento se deve à falta de habilidade do governo chinês em lidar com ele”.

O círculo de animais do horóscopo chinês de Ai Weiwei foi uma das vedetes da última Bienal de Artes de São Paulo.

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