Por André Aloi
A 12ª edição da SP-Arte abre as portas, nesta quinta-feira (07.04), no Pavilhão da Bienal. O evento segue até domingo (10.04), com 124 das principais galerias de arte do Brasil e do mundo e uma programação especial. Além do evento principal, série de aberturas, lançamentos de livros e debates marcam a semana da arte na capital paulista. A principal mudança desta edição é a abertura de espaços para galerias de design.
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De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, este ano, o evento tem menos 16 galerias – frente a 140 do ano passado. Isso se dá pelo momento de crise que o Brasil enfrenta, e a cautela das galerias internacionais em fazer negócios com a alta do dólar. Ainda segundo a publicação, há uma previsão de retração nas vendas – já que nas movimentações de 2015, houve queda de 12%, segundo números da Secretaria da Fazenda do Governo de SP (com base na isenção do ICMS concedida). Estima-se que a feira movimentou cerca de R$ 250 milhões.
As galerias do Brasil que sempre levam obras importantes a cada edição, são: Fortes Vilaça, Luiza Gastrina e Millan, Casa Triângulo e Luciana Brito. A galeria Nara Roesler vai apresentar uma obras de Abraham Palatnik, cuja matéria prima – pela primeira vez – será acrílico. Das internacionais, tem poucas que ainda carimbaram seu passaporte para o evento. São elas David Bisner (NY) e outras duas Lisson e White Cube – ambas de Londres.
O destaque da galeria Fortes Vilaça é uma obra de Los Carpinteros, que deve chamar a atenção de quem passar pela Bienal: Galletas Dulces (biscoitos doces). A obra mostra biscoitos, cujos detalhes estão escritos: corrupção. Vale a passada para entender esse momento de transição para os cubanos e reaproximação com os Estados Unidos.
DESIGN
Espaços para galerias de design, com os principais nomes atuais, que emprestam sua assinatura a mobiliários, luminárias e antiquários estarão em exposição. O novo setor, que abrangerá desde as primeiras peças criadas no Brasil até o moderno design brasileiro, delineará uma história do mobiliário nacional.
Fica no terceiro andar do Pavilhão, com marcas, como ETEL, DPOT, Firma Casa,Artemobilia, Mercado Moderno, OVO, entre tantas que têm em seus catálogos nomes como Luciana Martins e Gerson de Oliveira, Jader Almeida, Zanini de Zanine, e muitos outros celebrados designers contemporâneos. Além deles, os clássicos criadores do mobiliário brasileiro modernista: Giuseppe Scapinelli, Gregori Warchavchik, Joaquim Tenreiro, Jorge Zalszupin, Lina Bo Bardi, Oscar Niemeyer, Sergio Rodrigues e Zanine Caldas.
NOVAS GALERIAS
A feira, que tem se destacado por revelar novas galerias, apresenta, as paulistanas Frente, BFA (Boatos Fine Arts), Warm e Galeria Sé; a carioca MUV Gallery, e a galeria Mamute, de Porto Alegre, que participam da Feira pela primeira vez. Da capital carioca, as galerias Anita Schwartz, Silvia Cintra + Box 4, Athena, Athena Contemporânea, Luciana Caravello, Gustavo Rebello, Ronie Mesquita, Ipanema, Márcia Barrozo do Amaral e a Colecionador, que estreia na Feira.
Minas Gerais também marca presença com as galerias AM, Celma Albuquerque, Manoel Macedo, Murilo Castro (Belo Horizonte), e Lemos de Sá (Nova Lima). Da região Sul, o Paraná estará representado pelas galerias SIM, Simões de Assis e a Ybakatu. Da capital gaúcha virão a Bolsa de Arte, que também tem uma galeria em São Paulo, além da Mamute.
SERVIÇO – SP-Arte
Datas abertas ao público:
7, 8 e 9 de abril – das 13h às 21h
10 de abril de 2015 – das 11h às 19h
Onde? Pavilhão da Bienal
Parque do Ibirapuera, Portão 3 – São Paulo, Brasil
Entrada:
R$ 40,00 [geral]
R$ 20,00 [meia*]
*estudantes, portadores de deficiência e idosos com mais de 65 anos [necessária a apresentação de documento]. O Vale-Cultura poderá ser utilizado para o abatimento de 50% do valor do ingresso. Crianças de até 10 anos não pagam entrada.
A bilheteria encerra suas atividades 30 minutos antes do término do evento.