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O novo Fashion Rio

Paulo Borges explica para RG as mudanças no calendário de moda carioca

Por Matheus Evangelista

Teve quem tentasse explicar, entrevistas foram feitas e algumas especulações surgiram, mas o futuro da semana de moda carioca, o Fashion Rio, só uma pessoa pode dizer: Paulo Borges, idealizador da São Paulo Fashion Week e um dos nomes mais importantes quando o assunto é moda. Em conversa com RG, Paulo explicou as mudanças que a semana de moda carioca vai passar, e segundo ele, tudo será novidade a partir do segundo semestre.

“Já disse na imprensa que tínhamos intenção de mudar os desfiles de verão e inverno que acontecem no Rio de Janeiro, e quando essa mudança acontecesse, teríamos espaço para uma estação de alto verão, que é muito importante para o Brasil, e que também pode ser chamada de Cruise, Resort ou qualquer outro termo usado internacionalmente. Nossa ideia aqui é transformar essa temporada em algo global, e quando digo global, me refiro a hospedar coleções e desfiles de marcas internacionais que possuem loja no país e que já estão acostumadas a realizar desfiles com essa proposta ao redor do mundo”, explica Paulo, que acredita no potencial – e clima! – do Rio de Janeiro para essa mudança estratégica.

Com a certeza de 95% do que é produzido no Brasil é vendido para os brasileiros, Paulo afirma que há volume e capacidade para duas temporadas de verão – uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro, mas descarta a possibilidade de uma temporada de inverno da capital carioca. Para ele, os estilistas que estiverem dispostos a apresentar suas coleções em São Paulo, vão receber ajuda e todo suporte para tal. “Ao invés de fazer em novembro, essa temporada de alto verão no RJ deve acontecer entre julho e setembro”, avisa.

E questionado sobre o fim das estações, Paulo se justifica e explica que atualmente ninguém mais se importa se o que está na loja é de inverno ou verão, e a velocidade das marcas de fast fashion de uma forma ou de outra, impulsiona esse consumo. “O que quero dizer é que o estimulo de compra não é a nomenclatura da estação e o estimulo de mercado não são as nomenclaturas, são os desejos, os produtos, e essa forma de ‘vender’ está entrando em desuso, e o desejo das pessoas, pelo imediato, interfere diretamente nesse pensamento”, finaliza.

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