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Met Gala: o lado não tão cool da festa mais importante da moda

Nesta segunda-feira (7), acontece a edição de 2018 do Met Gala. A festa, um evento beneficente para arrecadar dinheiro para o Costume Institute (o departamento de moda do Metropolitan Museum of Art) e abrir a exposição anual do instituto, é recheada de celebridades e seu red carpet é tão – ou talvez mais, dentro do universo fashion – importante quanto o do Oscar.

Neste ano, Anna Wintour, Rihanna, Donatella Versace e Amal Clooney serão as anfitriãs do baile, que tem como tema “Heavenly Bodies: Fashion and the Catholic Imagination” (corpos celestiais: moda e a imaginação católica, em tradução livre). Os convites, que custam cerca de 30 mil dólares (as mesas custam 275 mil!), permitem que estilistas, atores, cantores e personalidades da política visitem a mostra e aproveitem o jantar que é acompanhado por uma apresentação artística.

Mas a noite não é tão divertida quanto parece. Celebridades como Gwyneth Paltrow, Lena Dunham, Tina Fey e Demi Lovato confessaram que a festa não é mil maravilhas.

Anna Wintour, editora-chefe da edição americana da Vogue, comanda o evento e, segundo dizem, toma decisões a mão de ferro: quem pode ou não comparecer, a ordem de chegada dos convidados e onde cada um deve sentar, o que transforma a festa em uma grande disputa para agradar a Miranda Priestly do mundo real.

Segundo o jornal o New York Post, alguns convidados recusaram o convite esse ano. “Eles querem um ou dois anos de folga. É a mesma coisa: o evento é longo, prolongado e chato”, contou uma fonte à publicação. Uma relações públicas, que tem dois clientes que comparecerão ao evento, completou que a noite é muito entediante: “É basicamente trabalho para eles. É muito estruturado, tem muita pressão para socializar e não é uma noite agradável”.

Lovato e Dunham já afirmaram que foram ignoradas por outras celebridades na festa que, segundo dizem algumas convidadas, incentiva a disputa de egos. Além delas, Gwyneth também ameaçou não comparecer mais ao evento.

Celulares são proibidos durante a celebração e os famosos, que tem sua importância medida conforme a distância que sentam de Wintour, tem o hábito de escapar para o banheiro para fumar. “É muito parecido com o ensino médio”,  revelou uma fonte de Hollywood ao Post. “Há várias pessoas que tem dinheiro o suficiente para ir, mas se Anna não te considera digno, você não vai”.

 

Boicote

O tema da edição desse ano é extremamente delicado, já que envolve a Igreja Católica. A riqueza ostensiva e a sexualidade que vêm assombrado o catolicismo em tempos recentes e devem ficar explícitos nos looks das celebridades já é motivo de polêmica para alguns.

Na Austrália, país onde escândalos de pedofilia e abuso sexual relacionados ao clero resultaram em denúncias realizadas por mais de 16 mil vítimas, há discussões sobre porque as celebridades deveriam boicotar o Met Gala. Pessoas envolvidas com o cuidado de vítimas sexuais afirmam que os famosos deveriam negar o convite e doar o dinheiro para ajudar essas pessoas.

“Glorificar a Igreja Católica desta maneira é afirmar que está tudo bem”, afirmou Ingrid Irwin,  advogada de vítimas de abuso sexual cometidos por membros do clero, ao site News.com.au. Ela sugere que as personalidades deveriam doar todo o dinheiro usado na elaboração do gala para as vítimas dos abusos da Igreja. “Se você é uma pessoa pública, tem a responsabilidade de assumir um posicionamento enquanto o mundo está assistindo”.

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