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Pedro Andrade: uma conversa sobre plenitude, NY e, claro, viagens

Pedro Andrade calcula que já visitou mais de 40 países até hoje, e, mesmo com quatro passaportes carimbados, se prepara para providenciar mais um antes da quarta temporada de “Pedro Pelo Mundo”, seu programa de viagens que é sucesso no canal GNT.

Mesmo com todas as milhagens acumuladas, o apresentador afirma que sua relação com Nova York, cidade onde está radicado há anos, é única. “Costumo dizer que NY já vivia em mim muito antes de eu viver em NY. Diria que a maioria do mundo se adapta às circunstâncias sem ter este tipo de opção, ou seja, vivem em determinada cidade porque casou e foi parar lá, o trabalho obrigou que uma mudança acontecesse ou nasceu em determinado local e por lá ficou. Gosto de lugares problemáticos e não suporto a ideia de um estilo de vida segregado”, justifica Pedro para RG.

“Ricos, pobres, negros, brancos, gays, judeus ortodoxos, muçulmanos… Todos coabitam harmoniosamente apesar de suas diferenças. Este tipo de mistura gera uma energia peculiar que a gente só encontra em grandes cidades”, contra o apresentador sobre o metrôs de Nova York, um dos maiores símbolos da unidade da Big Apple. “Por isso, acredito que poderia morar em Londres ou São Paulo, mas, por enquanto não tenho planos de me mudar”.

Em nossa conversa, é impossível não comentar como chama atenção a beleza e jovialidade que Pedro mantém aos inacreditáveis 39 anos. A fórmula? “Não tenho um segredo específico para compartilhar nesse setor. Gosto de malhar, tenho um personal trainer incrível [Diego Miguel] com quem malho sempre que estou em Nova York, não faço dieta mas minha alimentação é saudável, me cerco de pessoas leves, faço analise há anos, um dos meus melhores amigos, Fabricio Ormonde, é um super esteticista em Manhattan, tenho alergia a stress e dou um valor singular a minha paz de espírito”.

“Nunca fui refém de beleza e acredito que a nossa aparência geralmente é reflexo da forma como a gente se sente por dentro”, reflete o apresentador.

Tempo, senhor do destino
Pedro revela não ter sido uma criança cheia de amigos ou um adolescente entusiasmado. Apesar de nunca ter lhe faltado nada e ter muito orgulho da educação que recebeu dos pais, ele afirma ser desprovido de qualquer nostalgia e que os períodos mais felizes da vida aconteceram na fase adulta.

“Por isso dou tanto valor ao amadurecimento. Quero continuar crescendo, viajando, aprendendo e contribuindo para o mundo em que eu vivo. Meus receios relacionados à velhice não passam pela aparência física, mas sim pelo medo de não poder fazer alquilo que eu amo”, reflete o jornalista, antes de acrescentar: “Tenho a sorte de ter escolhido uma profissão que me dá um senso de propósito na vida. Contar histórias, compartilhar realidades distantes e aprender sobre o mundo me dá animo para encarar o que ainda está por vir”.

Em suas andanças pelo mundo, Pedro aprendeu que a vida fica mais interessante quando o foco não é o nosso próprio umbigo. “Em vez de lamentar a velhice, é mais proveitoso mudar o foco das perguntas. Em vez de ‘Estou ficando velho, e agora?’ vale mais a pena questionar ‘Como posso contribuir?’, ‘Qual é a maneira mais digna de representar a história dessa pessoa?’, ‘O que eu tenho para dividir com o outro?’, e assim por diante”, ele explica.

Curiosamente, mesmo visitando lugares no Oriente onde o misticismo fala alto, o apresentador revela que não é religioso. Ao contrário! “Sou até cético demais. No entanto, tenho minha espiritualidade e acredito que independente de raça, religião, orientação sexual ou nacionalidade, todo mundo quer ser compreendido, respeitado e amado. Tenho absoluta certeza de que aquilo que une a gente é muito mais forte que aquilo que nos separa”.

Próxima parada…
Com uma vida corrida e rotina puxada, Pedro nem pensa em desacelerar no momento. “Sou a personificação da palavra workaholic. Sempre tenho mais projetos do que tempo para exercer todos eles. Além disso, não consigo delegar quase nada. Tudo que faço tem que ter minha total dedicação”.

Atualmente, ele continua na bancada do “Manhattan Connection”, se prepara para embarcar na quarta temporada do “Pedro Pelo Mundo”, e, claro, está com a cabeça fervendo de novos trabalhos. “Estou negociando alguns projetos em rede nacional americana e tenho dois novos livros no forno. Ainda não posso dar detalhes, mas garanto que vão valer a espera”, revela.

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