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Lollapalooza: “Meu show é libertação”, avisa Karol Conka sobre estreia

Por André Aloi

Apesar de já ter tocado para multidões fora do País, como Austrália (onde abriu um show de seu Jorge para 60 mil pessoas) e França (para um público de quase 70 mil), a rapper Karol Conka faz sua estreia em um grande festival no Brasil. Ela é uma das atrações do Lollapalooza, que acontece neste fim de semana, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Sua apresentação acontece no domingo (13.03), às 13h30, no Palco Perry.

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Ela diz que preparou um show especial para o Lollapalooza 2016. “Estou trazendo o percussionista Guilherme Alves, um brasileiro que mora em Paris (França) há 10 anos e tenho trabalhado com ele tem dois anos em turnês internacionais. É uma grande oportunidade para tocar para um público que não me conhece. Acredito nessa coisa de boas energias. Então, vai ter ele e uma decoração bacana”, revela as surpresas. Mas por que as pessoas devem te assistir?”, questionamos. “Porque meu show é libertação”, retruca.

“Estou ensaiando com o pessoal, DJ e percussionista. Dessa vez, vou colocar dois meninos para dançar. Vou colocá-los para sentar quando a mamacita falar”, ri, fazendo menção à letra de “Tombei” (“Mamacita fala, vagabundo senta”, diz a versão original). “Vai ser babado, estou animada, mas eu não consigo sentir frio na barriga. Me sinto até meio fria porque estou tão focada, que é certo o que vou fazer certo, que não sobra espaço pra isso. Mas estou ansiosa”

Entre as atrações do festival que quer ver, destaca Die Antwoord, Tame Impala e Florence + The Machine. “Queria Snoop Dogg, mas ele cancelou, infelizmente”, explica. “O que eu acho legal de tocar em festival é que canto para um público que não conhece meu trabalho. Isso é muito bom, excitante pra dar aquela chocada”, pondera.

Na apresentação do festival, também se prepara para lançar o single inédito “Maracutaia”, previso para estar em seu segundo CD, ainda sem nome, sucessor de “Batuk Freak” (2013). Será lançado entre maio e junho. “A música ‘Tombei’ avisa que ‘tá’ vindo coisa nova, um marco na carreira. Com ela, cheguei a mais público, então é especial”, comentou, dizendo que a faixa não pode faltar no setlist. Um produtor internacional deve participar do álbum, mas nega que este conhecido do público seja Diplo – fã incondicional do Brasil e que vai se apresentar no Lolla com o projeto Jack Ü, ao lado de Skrillex.

Desde o ano passado, quando RG encontrou com Karol no SPFW e ela disse que estava em pré-produção para o disco, muita coisa mudou. “Mudo muito de ideia, toda hora. De lá pra cá, botei musicas nesse álbum, já tirei também. Quando tiver a versão final, tudo gravado, as pessoas vão quem são os produtores”, destaca. Mas o que ela pode afirmar é que o seu primeiro álbum vai vir com batidas mais elaboradas. “Uma das participações especiais vai ser bombástica: MC Carol. Ela é maravilhosa, quero trazê-la para minha galerinha, sair na noite com ela”, gargalha.

A cantora, que está de cabelo rosa, disse que é fã da cor. “Estou me sentindo muito sereia. Neste momento estou fazendo o retoque”, argumenta (a conversa aconteceu numa sexta-feira, fim de tarde, uma semana antes do festival). “O look é babado, é demais”, explica ela sobre a roupa que vai usar no palco, sem querer dar pistas de quem assina o modelito.

Quando não está em turnê, a rapper se divide entre as capitais paranaense e paulista. “Agora viajo (para fazer sjhows), mas fiquei uma semana em São Paulo. Gosto de morar em Curitiba para sempre tet aquela sensação de alívio quando chego em casa. A minha rotina em São Paulo é ficar visitando os estúdios de amigos,pensando em música ou encontrando a galera. Faço amizades”, detalha. “O (amigo) Boss in Drama (produtor que assina algumas de suas músicas, como a recente “Lista VIP”) sempre me arrasta pra bater um bom cabelo ao som Rihanna, Britney Spears… Uma vez a gente foi no Clube Alôca e estava tocando Björk. Chegamos, não tinha muita gente, depois lotou e o povo todo dançando”.

Por ser uma das poucas “minas” do rap, Karol disse que sempre tem preconceito. “Hoje que já tenho uma caminhada, rola um certo respeito, uma certa popularidade. Não tem muito porque sou negra e linda, tenho um nome. Tá na minha cara (que sou artista), tenho uma condição boa, então dão uma segurada. Mas é corriqueiro, sempre acontece”. Mas não como no começo… “Antes, as marcas se recusavam porque sou do rap. Mas é bizarro que fui pra Paris, tive conhecimento bizarro lá e hoje apoiam”.

Até o lançamento do disco, ela pretende lançar mais dois clipes. O primeiro está batendo à porta: “É o Poder”, uma música produzida pelo Tropkillaz (duo eletrônico, formado pelos DJs Zegon e André Laudz), assim como o próximo álbum, ainda não tem data de estreia.

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