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Tatá Werneck em estúdio com banda de humoristas: “não canto bem, tenho presença de palco”

Por André Aloi

Tatá Werneck entrou para a Banda Renatinho nos tempos da antiga MTV, em 2012. Agora, está em estúdio com o grupo composto só por humoristas. A comediante, atriz e agora vocalista de rock acha que não canta bem, mas tem muita presença de palco e cara de pau.

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Maurício Meirelles, do “CQC”, toca guitarra. Nil Agra, conhecido por seus stand-ups, comanda a bateria. Marco Gonçalves, do  “É Tudo Improviso”, em exibição no TBS, e Murilo Couto, do “The Noite”, do SBT, se arriscam no baixo. “A gente acha que essa banda veio para mudar o mundo, não para melhor. Mas a gente acha que vai mudar”, ri.

Ela diz que nunca teve um estalo e disse ‘quero ser cantora’. Essa banda surgiu de forma orgânica porque ama estar com essas pessoas. “Faço aula de bateria, violão, piano, toco flauta. Amo música, esses encontros musicais. Mas eu não canto bem. Eu não acho que você, necessariamente, precisa cantar bem pra ser vocalista de uma banda”, dispara.

“Ao contrário, você precisa dar a alma. Somos quatro, cinco pessoas, não sei em quantos somos (risos), que querem estar ali mais do que tudo. Canto em todas as línguas sem falar nenhuma. A gente já fez show sem saber as próprias letras. Eu chego lá e canto… Todo mundo canta na banda, a gente é meio Titãs (referindo-se à divisão dos vocais). Aliás, o nome do nosso show é ‘Paralamas do Sucesso’ pra galera confundir e ir assistir a gente”, brinca

O grupo está em estúdio para conceber seu primeiro trabalho, guiado pelo produtor Cassio Calazans. O processo que era para demorar três meses está se prolongando há quase um ano por causa da lotada de todos, em especial da global. Com a nova novela, “I Love Paraisópolis”, prestes a estrear no lugar de “Alto Astral”, Tatá está em Nova York gravando cenas com Bruna Marquezine e o elenco da próxima das sete da Globo. “Se chamarem a gente pra tocar, amanhã, para 100 mil pessoas no Madison Square Garden, a gente vai”.

Ela não consegue falar sério por muito tempo. Ao passo que se diz muito empolgada em fazer parte do grupo musical, fala que essa é a “retomada” porque a banda já teve sua fase de glória, quando estreou no “Comédia MTV”, e agora quer voltar a fazer sucesso. “Sabe aquela pessoa que acabou com a banda e vem com tudo depois de um tempo?”, questiona. Por isso o nome do CD de 15 faixas autorais vai se chamar “Greatest Hits”. “É uma espécie de ‘Latino Perfil’, com as melhores músicas”, segundo ela.

Nas redes sociais, a banda tem seu lugar garantido no estrelato. A banda “Renatinho Fake Oficial”, como é a descrição da banda no Instagram, por exemplo, conta com 20 mil seguidores e vem crescendo no Facebook, hoje com seis mil.

POR QUÊ RENATINHO?
O nome da banda é Renatinho porque tinha que ter um nome e acharam o nome “muito normal”. “A gente é totalmente idiota. As músicas são muito boas. A galera toca superbem os instrumentos todos”, garante Tatá.

“Quando eu morava em São Paulo ou toda vez que eu ia para lá, a gente se encontrava na casa do Murilo e virava a noite. Não existia a gente chegar lá e sair antes das 7 da manhã, compondo, rindo, criando músicas. São músicas que a gente faz super a sério.”, derrete-se.

NADA DE GIRL POWER
Quando era criança, ao invés de cantoras ou grupos femininos, os chamados Girl Power, Tatá preferia Roupa Nova e Noel Rosa. “Sempre tento puxar a banda para uma parada mais suave, e eles rasgam a camisa e querem fazer o rock pesado. A banda tem tudo, todos os estilos de música. É uma banda de rock. Por exemplo, tem a música que eu compus chamada ‘Postes’, que é sobre o relacionamento entre dois postes, um rock pesado, sinistro, de a galera querer se jogar contra a parede”. Para criar letras, o grupo não tem preconceitos nem julgamentos sobre as ideias.

Na internet, já existem vídeos de seis músicas do grupo. Entre elas, “Travesti de Fogo”, “Postes”, “Gospel” etc. “Cada vez que a gente se encontra, a gente compõe uma música. É capaz de a gente sair da gravação com 75 músicas do primeiro CD”, conclui.

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